Israel adia aprovação de cessar-fogo na Faixa de Gaza
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Após intensas negociações, Israel e Hamas chegaram a um acordo na última quarta-feira (15 de janeiro) para o cessar-fogo em um conflito que já perdura há mais de um ano e três meses. No entanto, as forças de Israel seguiram com ataques aéreos nesta quinta-feira (16), matando ao menos 71 palestinos na Faixa de Gaza. A implementação do acordo ocorreria em três fases a partir de 19 de janeiro, conforme divulgado pelo primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.
Em comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, revelou que o Hamas solicitou mais "concessões" de última hora, o que o fez decidir pelo adiamento do cessar-fogo no conflito da Faixa de Gaza. Alegando tentativa de criação de crise de última hora, as autoridades israelenses manifestaram que não aprovarão o acordo até que o Hamas recue em suas demandas. Segundo informações, o Hamas pede a divulgação dos nomes dos prisioneiros que serão libertados em troca dos reféns.
Segundo informações da agência APNews, Netanyahu enfrenta pressão por parte da população para resgatar os 33 reféns mantidos pelo Hamas, cuja libertação é uma das condições do pacto. Porém, o primeiro-ministro também está sob ameaça de aliados de ser derrubado caso faça concessões consideradas excessivas.
O acordo em questão prevê a liberação dos reféns de acordo com critérios como gênero e idade, com prioridade para mulheres, idosos e crianças. Ainda segundo o serviço de inteligência de Israel, aproximadamente metade dos 98 prisioneiros ainda mantidos pelo grupo extremista podem estar vivos.
A segunda fase do acordo, que terá início no 16º dia de vigência, em 3 de fevereiro, e a terceira etapa envolvendo a devolução dos corpos das vítimas e a reconstrução da Faixa de Gaza, serão discutidas nos próximas dias. Os mediadores Egito, Qatar e a ONU acompanharão o processo.
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