Após ameaça de Trump, Panamá reforça posicionamento sobre soberania do Canal
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O presidente panamenho, José Raúl Mulino, ao lado de ex-governantes, reafirmou nesta segunda-feira a inegociabilidade do Canal do Panamá frente às ameaças vindas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Mulino, juntamente com os ex-presidentes Ernesto Pérez Balladares, Martín Torrijos e Mireya Moscoso, ratificaram que a soberania do país e da via aquática são aspectos indiscutíveis. Em declaração conjunta no Palácio das Garças, sede do governo panamenho, destacaram que o canal é parte fundamental da história do país e uma conquista irrevogável.
Construído pelos Estados Unidos e entregue ao Panamá em 1999, o Canal do Panamá tornou-se alvo das declarações de Trump, que ameaçou reivindicar a operação da via interoceânica se os pedágios cobrados dos navios americanos não forem reduzidos. O presidente americano acusou a China de influenciar as operações do canal e afirmou que a taxa cobrada pelo Panamá é injusta. O governo panamenho reafirmou que os valores dos pedágios são definidos de acordo com a demanda, sem distinção de nacionalidade das embarcações.
Através do Canal do Panamá, por onde passa 5% do comércio marítimo mundial, transitam navios de países como Estados Unidos, China, Japão, Coreia do Sul e Chile. A importância estratégica da via para o cenário econômico global é indiscutível. Diante das declarações de Trump, o governo panamenho enfatizou a necessidade de manter a operação do canal de forma segura, eficiente e confiável, garantindo que a soberania do Panamá será preservada a todo custo.