Bolsonarista condenado a 20 anos de prisão por homicídio de tesoureiro do PT

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O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio duplamente qualificado do guarda civil e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. O crime ocorreu durante a festa de aniversário de 50 anos de Arruda, que tinha como tema o partido político. Guaranho invadiu o local e disparou contra o tesoureiro, desencadeando uma troca de tiros entre os dois, que resultou na morte de Arruda horas depois. A sentença foi proferida nesta quinta-feira (13) pelo Tribunal do Júri de Curitiba, dois anos e meio após o acontecimento.
Durante o julgamento, a defesa de Guaranho argumentou que ele agiu em legítima defesa, negando qualquer motivação político-partidária para o crime. Porém, a juíza responsável pelo caso, Mychelle Pacheco Cintra Stadler, ressaltou que o réu utilizou uma arma da União para cometer o homicídio, além de demonstrar intolerância política em suas ações. O júri popular presidido pela juíza considerou Guaranho culpado pelas acusações de homicídio qualificado por motivo torpe e perigo comum.
Foram ouvidas nove testemunhas, informantes e peritos no julgamento, culminando com o depoimento do réu sobre os fatos pela primeira vez publicamente. Garanho afirmou que não foi à festa da vítima "nem para brigar, nem para matar". Após o desfecho do caso, a juíza determinou a prisão imediata do réu, que estava em prisão domiciliar desde setembro do ano passado. O ex-policial penal será encaminhado para um presídio a ser definido pelo Departamento de Polícia Penal do Paraná, onde começará a cumprir a pena em regime fechado.
Arruda, que deixou quatro filhos, foi baleado durante a festa temática em comemoração ao seu aniversário, realizada em 9 de julho de 2022. A Assembleia Legislativa do Paraná aprovou em março de 2024 o projeto de lei “Marcelo Arruda”, que institui o dia 9 de julho como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática. A iniciativa foi de autoria do deputado Arilson Chiorato (PT).
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