Brasil veta entrada da Venezuela no Brics
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Durante a série de reuniões do Brics em Kazan, na Rússia, representantes dos países fundadores - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - decidiram não incluir a Venezuela na lista de nações que devem passar a apoiar o bloco. O presidente Lula, que não pôde comparecer devido a um acidente doméstico, orientou pessoalmente a delegação brasileira a se opor à entrada de Nicolás Maduro no Brics.
Entre os países discutidos para a expansão do bloco estavam Venezuela e Nicarágua, porém, o Brasil expressou firmemente seu veto à Nicarágua devido às ações do ditador Daniel Ortega, que expulsou o diplomata brasileiro e passou a perseguir religiosos e opositores. Quanto à Venezuela, as restrições foram baseadas em motivos práticos, considerando o rompimento de Maduro com diversos países sul-americanos e ataques ao Brasil.
A diplomacia brasileira obteve sucesso ao ver suas restrições sendo aceitas pelas demais nações fundadoras do Brics, sem objeções por parte da Rússia de Vladimir Putin. A lista final de países parceiros, que inclui Cuba, Bolívia, Tailândia, Vietnã, Malásia, Indonésia, Belarus, Turquia, Nigéria, Uganda, Uzbequistão e Cazaquistão, foi fechada sem a presença da Venezuela.
Com a ausência de Lula na reunião, o chanceler Mauro Vieira representou o Brasil e participou das decisões referentes às adições ao bloco. O encontro marca a primeira reunião com a nova composição expandida do Brics, que foi impulsionado pela China. Ainda sem confirmação oficial, a exclusão da Venezuela, apesar das tentativas russas de expandir a lista de países escolhidos para 13 e da visita surpresa de Nicolás Maduro (foto) a Kazan, se configura como uma vitória da diplomacia brasileira.
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