Deputados do PL são alvo de operação da PF que mira desvio em cotas parlamentares

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira a Operação Galho Fraco com o intuito de aprofundar as investigações sobre desvio de recursos públicos provenientes de cotas parlamentares. Os deputados federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, ambos do PL-RJ, foram alvos de mandados de busca e apreensão. Durante a ação, os celulares dos parlamentares foram apreendidos e sete mandados foram cumpridos no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

Essa operação é um desdobramento da operação Rent a Car, realizada em dezembro de 2024, que investigava o uso irregular de recursos de cotas parlamentares. Os assessores dos deputados Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante já haviam sido alvo dessa investigação. A atual apuração sugere a existência de um esquema criminoso envolvendo agentes públicos e privados, os quais teriam acordado ilicitamente para desviar verbas públicas provenientes de cotas parlamentares.

De acordo com a PF, os investigados utilizaram uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços na tentativa de encobrir os desvios. As cotas parlamentares são um recurso adicional ao salário dos parlamentares, destinado a cobrir gastos ligados ao exercício do mandato, como passagens aéreas, hospedagem, alimentação, manutenção de escritório e consultorias, sendo esses valores variáveis de acordo com a unidade da federação de cada parlamentar.

No ano de 2025, as cotas parlamentares variaram entre R$30 mil e mais de R$45 mil mensais para cada um dos 513 deputados federais, sendo o teto para a bancada do Rio de Janeiro estipulado em R$41.553. A investigação segue em andamento e, até o momento, os parlamentares alvos da operação não se pronunciaram publicamente sobre o assunto.

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