Empresas antecipam 'taxa das blusinhas' para este sábado (27)
ICARO Media Group TITAN
Com o intuito de fortalecer o mercado interno e regular a entrada de produtos estrangeiros, o Governo Federal anunciou oficialmente a aplicação de um imposto de importação de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50. Embora a medida só entre em vigor em agosto, algumas empresas decidiram antecipá-la para o próximo sábado (27). A mudança promete impactar consumidores e varejistas, e já está gerando calorosos debates entre especialistas e a população.
Segundo as novas regras, além do imposto de importação, os produtos importados continuam sujeitos ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17%. Alguns e-commerces, como AliExpress e Shopee, optaram por antecipar a cobrança desses impostos para se adequar às exigências fiscais. Essa mudança representa um aumento significativo nos custos finais para os consumidores, que agora precisam estar atentos às novas tarifas detalhadas no momento da compra.
A nova taxa foi apelidada de "taxa das blusinhas" devido ao seu enfoque em pequenas compras, frequentemente associadas a vestuário. Importante destacar que a taxa não se aplica a medicamentos. A medida foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após passar pelo Congresso Nacional.
Para exemplificar o impacto dessa medida, uma compra de US$ 50, que anteriormente era isenta de imposto de importação, agora será tributada em 20%, elevando o custo para US$ 60. A isso, soma-se o ICMS de 17%, resultando em um valor final de US$ 72,29. Isso representa uma diferença significativa em relação ao regime anterior, onde o mesmo produto custaria US$ 60,24, ou seja, uma diferença de R$ 67,11 a mais com a nova taxação.
Economistas e analistas do comércio exterior projetam diferentes cenários para o Brasil. Alguns acreditam que o país pode se beneficiar de uma indústria fortalecida, enquanto outros temem uma redução na competitividade internacional. Mudanças adicionais na legislação tributária podem surgir como resposta às dinâmicas do mercado.