Espanha abre processo de extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio
ICARO Media Group TITAN
As autoridades espanholas deram início ao trâmite de extradição do blogueiro bolsonarista, Oswaldo Eustáquio, que se encontra na Espanha foragido da Justiça brasileira. O pedido de extradição foi encaminhado em outubro do ano passado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), às autoridades brasileiras e, posteriormente, ao Ministério das Relações Exteriores, que comunicou a solicitação às autoridades espanholas. Eustáquio é alvo de um inquérito que corre no STF, relacionado à disseminação de fake news e a atos antidemocráticos.
O blogueiro, que teve sua prisão determinada por Alexandre de Moraes em dezembro de 2022, é investigado desde 2020 no contexto das milícias digitais. Eustáquio, juntamente com outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de uma operação da Polícia Federal em agosto, que resultou em novas prisões devido a ações visando expor e intimidar policiais federais envolvidos em investigações do STF. Ele e Allan dos Santos encontravam-se no exterior, sendo considerados foragidos desde então.
A Polícia Federal identificou que, no curso das investigações, foram utilizadas crianças e adolescentes, incluindo o perfil da filha de Eustáquio em uma rede social, para a prática de ações de obstrução às investigações. Essas ações, conforme relatadas pela PF, visavam expor e intimidar policiais envolvidos em inquéritos que tramitam no STF. O perfil da adolescente teria sido usado indevidamente para alertar sobre a presença de agentes em sua residência enquanto ela ainda dormia, evidenciando sua utilização por maiores de idade para tais condutas.
A extradição de Oswaldo Eustáquio aguarda a decisão final da Justiça espanhola. A colaboração entre autoridades brasileiras e espanholas tem sido fundamental no trâmite do pedido, que teve seu primeiro aval emitido por parte das autoridades espanholas. Eustáquio é conhecido por participar de protestos contra o resultado das eleições e defender a intervenção das Forças Armadas, atitudes consideradas inconstitucionais.
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