Esquema fraudulento desvia milhões destinados às vítimas das enchentes no RS
ICARO Media Group TITAN
Um adolescente de 16 anos liderou um sofisticado esquema criminoso que desviou milhões de reais destinados às vítimas das enchentes que atingem o Rio Grande do Sul. O jovem, cuja identidade não foi revelada, vivia uma vida de luxo em uma cobertura alugada por R$ 30 mil mensais na praia de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina.
De acordo com as investigações, o adolescente, que já é emancipado, era um dos responsáveis por uma página falsa que imitava o site do governo gaúcho. Através dessa página, os valores das doações eram direcionados para contas empresariais associadas ao esquema criminoso.
Além disso, o grupo criminoso também utilizava páginas falsas de marcas reconhecidas para vender produtos e se aproveitava da tragédia das enchentes para comover os usuários. Eles criavam promoções em que os clientes pagavam apenas o frete, alegando que o valor seria destinado às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul.
O adolescente vivia em uma cobertura de luxo com outros menores e um adulto, e o local funcionava como um "quartel general do crime", onde realizavam golpes diariamente. Além disso, eles impulsionavam as postagens nas redes sociais para alcançar um público maior.
A Polícia Civil já bloqueou as contas bancárias vinculadas ao adolescente e aguarda a quebra de sigilo para determinar o valor total arrecadado através dos estelionatos. O jovem responderá pelos crimes em liberdade, pois a apreensão de menores é permitida apenas em casos de violência ou grave ameaça.
As investigações continuam para identificar e responsabilizar os demais envolvidos no esquema. Até o momento, mais de sessenta casos de estelionato virtual estão sendo investigados pela Força Tarefa Cyber da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. Cerca de 70 páginas fraudulentas, contas e publicações criminosas foram derrubadas pela polícia.
Nas redes sociais, o adolescente se intitulava "Doctor Money" e ostentava uma vida de luxo, postando fotos e vídeos em imóveis de alto padrão. Além disso, ele afirmava ser sócio-proprietário de duas empresas, suspeitas de estarem envolvidas em outros esquemas criminosos.