Hamas qualifica proposta de cessar-fogo como golpe e critica comentário de Biden
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Nesta terça-feira (20), o grupo Hamas criticou a última proposta de trégua na Faixa de Gaza, afirmando que a proposta não garante um cessar-fogo total e nem a retirada do Exército israelense da região do enclave. Em comunicado, o grupo classificou a proposta como um "golpe" contra o acordo alcançado em 2 de julho. O Hamas também rejeitou um comentário feito por Joe Biden de que o grupo estava recuando de um acordo de cessar-fogo, afirmando que a declaração do presidente dos Estados Unidos é enganosa.
Segundo informações da Lusa, o Hamas informou em comunicado que a atual proposta de cessar-fogo vai contra as condições já estabelecidas em 2 de julho, além de ser vista como uma resposta "complacente" às novas condições impostas pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Sobre o comentário de Biden, o Hamas afirma que não reflete a real posição do movimento e que está empenhado em alcançar um acordo de cessar-fogo para pôr fim às hostilidades e ao sofrimento na região. "Os irmãos mediadores do Catar e do Egito sabem que o movimento agiu de forma positiva e responsável em todas as rodadas de negociações anteriores, e que Netanyahu foi sempre quem obstruiu a obtenção de um acordo ao estabelecer novas condições e exigências", diz o comunicado do Hamas, segundo o diário Filastin.
As tentativas de mediação conduzidas pelos países mediadores - Catar, Estados Unidos e Egito - incluíram propostas de transição que visavam fechar as brechas entre Israel e o Hamas. No entanto, o movimento palestino rejeitou essas propostas, destacando que a inclusão de novas exigências de Israel constituem um golpe de Estado no acordo alcançado anteriormente.
Enquanto isso, Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, encontra-se em sua nona viagem à região na tentativa de buscar aprovação do Hamas para o plano de cessar-fogo acordado com Israel. Blinken expressou otimismo após se reunir com autoridades israelenses, mas relata que ainda existem áreas de disputa não resolvidas.
Diante desse impasse, a situação continua tensa na região, com as hostilidades persistindo e os esforços diplomáticos buscando uma solução para o conflito.
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