Investigação da Comissão Europeia entende que verificação do X engana usuários
ICARO Media Group TITAN
A Comissão Europeia realizou uma investigação em relação à plataforma de mídia social X, acusada de violar a Lei de Serviços Digitais. A pesquisa concluiu que a empresa, adquirida por Elon Musk em 2022, estaria induzindo intencionalmente os usuários a acreditar em contas verificadas por meio da marca de verificação azul.
A Comissão Europeia considera que a função da marca de verificação azul na plataforma é enganosa para os usuários, levantando questões sobre transparência na publicidade e acesso a dados para pesquisadores.
Antes da aquisição por Elon Musk, as verificações na plataforma eram reservadas para jornalistas, celebridades, políticos e outras contas influentes. No entanto, após a compra do site Musk, a plataforma começou a emitir as marcas de verificação para qualquer pessoa desde que fosse paga uma taxa mensal.
O comissário europeu Thierry Breton destacou que anteriormente os BlueChecks eram sinônimo de fontes confiáveis de informação. No entanto, com o X, a opinião preliminar da Comissão é que essas marcas enganam os usuários.
Além disso, a Comissão Europeia acusa a plataforma de não ter um escrutínio adequado sobre publicidade, bem como de não fornecer acesso a informações para pesquisadores. A Comissão permitirá que a empresa apresente seus comentários sobre as conclusões da investigação. Em caso de não cumprimento das irregularidades apontadas, a UE pode impor uma multa de até 6% do faturamento global da empresa.
Essas conclusões fazem parte de uma investigação mais ampla contra a empresa de Musk, envolvida em polêmicas com autoridades judiciais em vários países, incluindo Brasil, Estados Unidos e Austrália. Em 2022, a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova, classificou a empresa de Musk como tendo a maior taxa de postagens de desinformação.
Em fevereiro deste ano, Musk abandonou um acordo na Europa que visava garantir um comportamento ético das plataformas em relação às eleições no continente. Por outro lado as plataformas Google, TikTok, Microsoft, Facebook e Instagram aderiram ao código de conduta da Europa contra a desinformação. A Comissão Europeia alertou que mesmo sem adesão ao acordo, a plataforma X deverá seguir as normas do continente.
No decorrer do ano passado, a União Europeia tomou uma decisão importante ao anunciar uma investigação formal contra a empresa, baseada em novas regulamentações para proteger os cidadãos de conteúdos nocivos nas redes sociais. A busca é por verificar se Musk está cumprindo as regras estabelecidas pelo bloco para evitar a disseminação de conteúdos ilegais, incluindo discursos de ódio.
A União Europeia deseja saber se a plataforma X possui mecanismos para identificar e remover rapidamente conteúdos ilegais. Além disso, é objeto de apuração saber como e se a empresa tem algum mecanismo de luta contra a manipulação de informações.
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