Marinha exclui vídeo após repercussão negativa
ICARO Media Group TITAN
A Marinha decidiu remover de suas redes sociais um vídeo veiculado em homenagem ao Dia do Marinheiro, que ironizava supostos privilégios na carreira militar. A decisão veio após o almirante Marcos Sampaio Olsen ter sido chamado a se explicar às autoridades governamentais, incluindo o presidente Lula (PT) e o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro. Membros do governo apontaram que houve uma quebra de acordo por partes do comandante, ao expor desavenças entre militares e o governo. O vídeo contrastava cenas de operações e treinamentos militares com momentos de lazer de civis, afirmando que os militares da Marinha deveriam se "acostumar com uma vida de sacrifícios".
A repercussão negativa do vídeo gerou críticas ao comandante da Marinha, com pedidos para que Olsen fosse destituído do cargo. Entre as críticas, destaca-se a acusação de atuação política ao criticar veladamente o pacote fiscal do ministro Fernando Haddad. Segundo relatos, o almirante Olsen justificou internamente que a Marinha não estava desamparada diante de possíveis mudanças em benefícios de carreira. O almirante esteve em um almoço na Escola de Guerra Naval, no Rio de Janeiro, onde discutiu com oficiais a mudança nas aposentadorias e a repercussão do vídeo.
Apesar de negar que a carreira tenha privilégios, o comandante Olsen recebeu mais de R$ 1 milhão ao ir para a reserva em 2023. Esse montante incluiu uma verba indenizatória, férias atrasadas e outros recursos previstos legalmente. O valor compreende também benefícios acumulados ao longo da carreira, como o pagamento de oito vezes o salário ao deixar o serviço ativo e o recebimento das licenças especiais extintas em 2001. A Marinha salientou que os pagamentos aos militares seguem a legislação vigente.
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