Missão de Paz da ONU no Líbano enfrenta ataques de Israel, entenda

A missão de paz da ONU no Líbano, denominada Unifil, composta por aproximadamente 10 mil militares de 50 países, está sofrendo ataques das Forças Armadas de Israel nos últimos dias. Cinco capacetes azuis, como são chamados seus  militares, foram feridos em bombardeios, e tanques israelenses invadiram uma base da Unifil no último domingo. Israel alega que as tropas da ONU são usadas como escudos humanos e reféns pelo grupo armado libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã em conflito com Israel.

Criada em 1978 após a invasão do Líbano por Israel durante a guerra civil libanesa e a presença de milícias palestinas no sul do país, a Unifil tem como principal objetivo garantir o respeito à demarcação da Linha Azul, estabelecida pela ONU para separar os territórios de Israel e Líbano. Com quase 50 anos de atuação, a Unifil é uma das missões de paz mais duradouras da história das Nações Unidas.

O mandato da Unifil é renovado anualmente pelo Conselho de Segurança, a pedido de Beirute. Seus objetivos incluem assegurar a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, auxilio ao governo libanês na retomada do controle da região e a garantia da integridade da Linha Azul, bem como garantir que somente a ONU e o Exército libanês sejam as únicas instituições de força armada entre essa demarcação  territorial e o rio Litani, ao norte do país.

Os capacetes azuis da Unifil só podem usar a força em legítima defesa ou em situações restritas, tais como proteger civis, socorristas e funcionários da ONU e intervir contra tentativas violentas que possam impedir a missão de cumprir seu mandato. Os principais países contribuintes para a Unifil são Indonésia, Itália, Índia, Malásia, França e Espanha. Já os Estados Unidos, aliado de Israel, nunca forneceram tropas para a missão, mas ao mesmo tempo também nunca proibiram seu mandato no Conselho de Segurança da ONU.

Veículo de patrulha da fronteira (Daniel Carde/Getty Images)

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