Navio apresentou falhas de propulsão antes do acidente em Baltimore
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O navio cargueiro Dali, pertencente à empresa Grace Ocean PTE, apresentou problemas de propulsão e na maquinaria auxiliar em uma inspeção realizada no Chile em junho do ano passado, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP). A informação foi divulgada pela Equasis, empresa que agrega dados da indústria naval.
O Dali havia sido inspecionado pelo menos 27 vezes em diversos portos ao redor do mundo desde sua construção em 2015. Em uma inspeção realizada na Bélgica em julho de 2016, foi constatado que o navio apresentava danos no casco devido a uma colisão no Porto da Antuérpia, o que prejudicava sua capacidade de navegação. Os detalhes a respeito da inspeção que ocorreu no Chile não foram revelados pelo site da Equasis.
No dia do acidente que resultou na queda da ponte em Baltimore, a tripulação do navio informou às autoridades portuárias que havia perdido o controle da embarcação e que os propulsores não estavam funcionando. Isso permitiu que as autoridades bloqueassem parcialmente o tráfego na ponte, evitando maiores danos e número de vítimas.
Apesar do incidente, a empresa responsável pela operação do navio, a Synergy, garantiu que nenhum membro da tripulação ficou ferido na colisão.
O navio envolvido no acidente é um porta-contêiner com bandeira de Singapura, operado pela Synergy e a serviço da companhia dinamarquesa Maersk. Tinha como destino o Sri Lanka e transportava 22 pessoas, incluindo dois pilotos.
O governador de Maryland, Wes Moore, declarou estado de emergência após o ocorrido. A queda da ponte Francis Scott Key resultou no resgate de duas pessoas com vida do rio Patapsco. As autoridades bloquearam todas as vias na região da ponte, suspendendo o tráfego naval no porto de Baltimore. Além disso, a agência responsável pela aviação nos EUA restringiu o espaço aéreo e alertou para que drones particulares não sobrevoem a região.