Para equilibrar ecossistema, Colômbia terá que sacrificar parte dos hipopótamos de Pablo Escobar
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O Ministério do Ambiente da Colômbia anunciou na quinta-feira (2 de novembro de 2023) que tomará medidas para controlar a população de hipopótamos descendentes dos animais importados ilegalmente da África por Pablo Escobar. A decisão visa preservar o equilíbrio do ecossistema na região de Magdalena Medio, em Atioquia, localizada a 200 km da capital Bogotá.
De acordo com o ministério, atualmente existem 166 hipopótamos vivendo no rio Magdalena, distante 300 km de Bogotá. No entanto, a presença desses animais não nativos está prejudicando o ecossistema local. Se a reprodução não for controlada, estima-se que haverá cerca de 1.000 animais até o ano de 2035.
Para enfrentar esse desafio, o governo colombiano decidiu realizar eutanásia ética em parte dos hipopótamos. A ministra do Meio Ambiente, Susana Muhamad, não divulgou a data ou a quantidade exata de animais que serão sacrificados.
A eutanásia ética é definida pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) como "a morte do animal por meio de um método tecnicamente aceitável e cientificamente comprovado, observando os princípios éticos", com o objetivo de reduzir ao máximo o sofrimento animal.
Além do sacrifício, outra parte dos hipopótamos será esterilizada para controlar a reprodução descontrolada. Alguns animais serão enviados para o México, a Índia e as Filipinas, onde acredita-se que existam infraestruturas adequadas para abrigá-los com segurança.
No ano de 2021, foram esterilizados 24 animais, de um total de mais de 80. Essas ações fazem parte de um esforço do governo colombiano para lidar com os impactos ambientais causados pelas ações de Pablo Escobar, que trouxe além dos hipopótamos, outras espécies exóticas como zebras, elefantes e girafas para sua propriedade, a antiga Fazenda Nápoles.
Atualmente, a Fazenda Nápoles é um parque temático localizado em Puerto Triunfo, no departamento de Antioquia, na Colômbia.