Polícia Militar cria patrulha especial após intervenção no transporte público de São Paulo
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A Polícia Militar (PM) montou uma patrulha especial para assegurar a circulação de ônibus na cidade depois da intervenção realizada pelo Ministério Público (MPSP) nesta terça-feira (9/4). Três dirigentes das empresas Transwolff e UpBus foram presos e as empresas foram colocadas sob intervenção por suspeitas de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O objetivo da ação policial é tranquilizar a população diante de uma possível retaliação da facção criminosa. Segundo informações da polícia, a rede de desinformação do PCC estaria espalhando notícias sobre ameaças de ataques aos ônibus como forma de disseminar a sensação de insegurança entre a população.
O coronel Cássio de Freitas, comandante-geral da PM, afirmou que a corporação irá manter patrulhas nas saídas das empresas de ônibus e em toda a cadeia logística do transporte público como forma de prevenção e garantia de mobilidade na cidade. As patrulhas da PM serão intensificadas nas zonas sul e leste, áreas de atuação das empresas Transwolff e UpBus, respectivamente.
A operação deflagrada pelo MPSP, chamada de "Fim da Linha", investiga o crime de lavagem de dinheiro para o PCC por meio das empresas de ônibus. Três dos quatro mandados de prisão foram cumpridos, sendo um deles contra Luiz Carlos Efigênio Pacheco, proprietário da Transwolff, outro contra Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da mesma empresa, e o terceiro contra Joelson Santos da Silva, também sócio da viação. O quarto mandado foi expedido em nome de Silvio Luís Ferreira, sócio da UpBus, que se encontra foragido.
Durante a operação, também foi realizada a apreensão de armas e dinheiro com os dirigentes das empresas de ônibus. Além disso, um funcionário de uma das empresas investigadas, identificado como Hélio Rodrigues dos Santos, foi preso em flagrante por porte de arma de fogo. Outras duas pessoas foram detidas, mas seus nomes não foram divulgados.
Diante dos acontecimentos, a Justiça de São Paulo determinou que a SPTrans, empresa estatal de transporte coletivo da capital, assuma imediatamente as linhas administradas pelas empresas Transwolff e UpBus. Estas empresas, que transportam diariamente cerca de 700 mil passageiros, receberam mais de R$ 800 milhões em remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023.