Putin alega envolvimento de Ucrânia, EUA e Reino Unido em atentado terrorista
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta segunda-feira (25) que o ataque a tiros ocorrido em uma casa de shows em Moscou foi realizado por "islamitas radicais". O atentado, que aconteceu na Crocus City Hall, resultou na morte de 139 pessoas e deixou outras 182 feridas. O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, porém Putin questionou durante uma reunião com autoridades regionais e chefes dos serviços especiais russos quem teria ordenado o atentado.
Durante suas declarações, o líder russo não descartou a possibilidade de envolvimento da Ucrânia no ataque. Putin levantou a hipótese de que o ato de violência pudesse ser mais uma tentativa "daqueles que vêm lutando contra nosso país desde 2014, usando o regime neonazista de Kiev como peão". O presidente russo afirmou ainda que os neonazistas não hesitam em usar métodos desumanos para alcançar seus objetivos.
Por sua vez, os EUA já declararam publicamente de que não há indícios de envolvimento da Ucrânia no atentado. O ministério das Relações Exteriores ucraniano divulgou um comunicado negando qualquer responsabilidade do país no ocorrido, classificando as acusações como uma "provocação orquestrada pelo Kremlin para alimentar ainda mais a histeria anti-ucraniana". O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também negou as acusações de Putin, chamando-o de "criatura doente e cínica" e ressaltando que Putin, apesar de ter sido alimentado pelo terror durante duas décadas, se considera o único não terrorista.
Nesta terça-feira (26), o diretor do FSB (Serviço Federal de Segurança da Rússia), Alexander Bortnikov, afirmou que os EUA, Reino Unido e Ucrânia também participaram do atentado em Moscou. No entanto, não foram apresentadas provas para embasar essa alegação. Bortnikov ressaltou que essas são informações gerais, mas que esses países possuem um histórico nesse tipo de envolvimento.