Trump sugere "limpar" Gaza enviando palestinos para Jordânia e Egito
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, causou controvérsia ao anunciar no sábado (25) uma proposta para "limpar" a Faixa de Gaza e transferir os palestinos deste território para o Egito e Jordânia como uma forma de promover a paz no Oriente Médio. Trump classificou Gaza como um "local de demolição" e mencionou que a medida poderia ser tanto temporária quanto de longo prazo.
Durante a declaração à imprensa, Trump revelou ter dialogado com o rei Abdullah II da Jordânia e expressou sua intenção de conversar com o presidente egípcio Abdel Fatah al Sissi no domingo. O mandatário norte-americano afirmou que desejava que Egito e Jordânia recebessem os palestinos deslocados de Gaza, mencionando a importância de encontrar novas oportunidades para mais de 1,5 milhão de pessoas afetadas.
A iniciativa proposta por Trump gerou reações divergentes, com o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, elogiando a proposta de "limpar"Gaza como uma oportunidade para os palestinos "recomeçarem suas vidas". Por outro lado, segundo a agência de notícias AFP, o grupo palestino Jihad Islâmica condenou veementemente a medida, alegando que ela poderia resultar em crimes de guerra e violações dos direitos humanos ao forçar a população local a abandonar suas terras.
Um membro do escritório político do Hamas também afirmou à agência que o grupo islâmico se oporá à proposta de realocação proposta por Trump, assegurando que o povo palestino resistirá e não será deslocado de suas terras. A tensão na região permanece elevada à medida que diferentes atores políticos e militantes reagem de maneiras contrastantes às propostas do presidente dos Estados Unidos em relação à Faixa de Gaza.