Argentina se dissocia de declaração de parlamentos do G20 que busca defender mulheres
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Brasilia, 8 nov (EFE).- Os parlamentos do G20 concordaram nesta sexta-feira, em Brasília, em fortalecer seu papel na luta contra a desigualdade e a mudança climática, e promover uma maior inclusão das mulheres em todos os âmbitos da sociedade, em uma declaração conjunta que não foi assinada pela delegação da Argentina.
A declaração foi o resultado da Cúpula dos Parlamentos (P20) do grupo que reúne as maiores economias do mundo, encerrada hoje na capital do Brasil, que ocupa este ano a presidência da organização.
O texto aprovado pelos parlamentares será anexado à lista de documentos que os líderes do G20 receberão durante a cúpula que será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro.
A declaração de 41 pontos dos parlamentos endossa integralmente a agenda proposta ao G20 pelo Brasil este ano, que tem sido o foco de todo o trabalho da organização.
Entre elas estão a luta contra a fome, a pobreza e todas as desigualdades, a promoção do desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentável e uma profunda reforma da governança global para fortalecer a influência dos países de renda média e em desenvolvimento em todos os fóruns e organizações internacionais.
A declaração foi anexada a um documento aprovado em julho por deputadas e senadoras das maiores economias do mundo, que pede a promoção de uma maior presença das mulheres na política.
O texto também contém recomendações para os membros do G20, incluindo a adoção de legislação para fortalecer os direitos das mulheres, ampliar o financiamento público para promover sua inclusão no mercado de trabalho e fortalecer a luta contra a violência de gênero, entre muitos outros objetivos.
A delegação argentina era composta por parlamentares do partido A Liberdade Avança, liderado pelo presidente Milei, e foi a única que não assinou a declaração final do P20.
“A Argentina se desvincula desta Declaração Conjunta”, diz a última linha do texto, sem esclarecer os motivos dessa decisão.
No entanto, as delegações argentinas que participaram das reuniões ministeriais preparatórias para a Cúpula do Rio de Janeiro também se dissociaram de outras declarações, especialmente daquelas que incluíam parágrafos sobre a inclusão das mulheres nas mais diversas esferas. EFE
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