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Morte de Marielle: Ronnie Lessa dá detalhes do crime em nova delação
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Morte de Marielle: Ronnie Lessa dá detalhes do crime em nova delação

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08/06/2024 11h44
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©Reprodução
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Em um novo trecho de seu depoimento, o ex-sargento da Polícia Militar Ronnie Lessa detalha como matou a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. O relato foi parte de uma delação premiada, cuja parte estava em segredo de justiça, mas foi liberada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Com calma, Lessa lembra o momento em que o carro prata em que ele e o compadre, o ex-PM Élcio de Queiroz, estavam, emparelhou com o carro dirigido por Anderson, no dia 14 de março de 2018. Lessa relembra:

"Aí, quando chegou (na esquina da Rua Joaquim Palhares com João Paulo I, no Estácio) e, o rapaz (Anderson Gomes) acelerava e até parecia que estava fugindo; eu pedi ao Élcio pra acelerar, e ele acelerou, e chegamos próximos. E nesse sinal, eles pararam no sinal, nós paramos perto do carro, e eu disparei".

Ao descrever a cena, Lessa relembra os cuidados que teve até mesmo com a roupa. Ele usou um casaco preto antigo pelo avesso para esconder as tatuagens nos braços, além de uma balaclava. Viajando no banco traseiro, explicou que tinha mais mobilidade para atirar de ambos os lados, principalmente por usar uma prótese numa das pernas.

"Eu botei uma balaclava e um casaco preto, que tinha duas fitinhas azuis muito fininhas, mas eu botava do lado avesso, ele ficava todo preto".

"Preparei a arma, que era só enroscar o abafador, eu sempre dou uma conferida pra ver se a munição está na câmara, se a arma está realmente quente, alimentada e, dali, partimos atrás dela (Marielle), quando eles embarcaram (da saída da Casa das Pretas, na Rua dos Inválidos, até o local da emboscada, no Estácio".

Lessa conta que não planejou a rota de fuga após o crime, deixando ao Élcio escolher o caminho até o Méier, onde fica a casa da mãe do ex-sargento reformado. Depois, eles retornaram ao antigo Bar Resenha, na Barra da Tijuca. Lessa nega que tenham parado para beber após o crime, destacando a tensão do momento.

"Aí não tinha nada programado, é a grande verdade. Eu acho que o Élcio queria subir a Francisco Bicalho, aliás, subimos a Francisco Bicalho (avenida). E exatamente, o Élcio que traçou a rota; subimos a Francisco Bicalho e descemos pela Avenida Brasil em direção ao Méier. Entramos em Bonsucesso, pegamos a Linha Amarela, descemos no Méier, chegamos ali no Engenho de Dentro. Paramos próximo à casa da minha mãe. Nesse ponto, nós paramos o carro, eu tirei a bolsa (onde estava a submetralhadora), botei o “cadeadinho” que ela acompanhava e falei pro Élcio que iria deixa isso na casa da minha mãe. Nós pegamos um táxi e voltamos (para o antigo Bar Resenha, na Barra da Tijuca)".

O delegado, Guilhermo Catramby, responsável pela investigação, pergunta à Lessa se havia alguma garrafa de bebida, quando ele entregou a bolsa com a arma para o irmão, mas o ex-sargento reformado diz que não. Lessa diz:

"Não é nem o momento, não dá tempo pra parar pra beber, não. Fica tenso, então não é o momento pra isso. Nós bebemos no Resenha, quando o jogo já estava rolando (Flamengo com o Emelec)".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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