Sigiriya: a fortaleza no Sri Lanka que é um espetáculo arquitetônico
Mega Curioso
Localizada a pouco mais de 180 metros de altura, a cidade antiga de Sigiriya, no Sri Lanka, é uma maravilha arquitetônica que chama a atenção por ser um dos sítios arqueológicos mais bem preservados no sul da Ásia. Construída há 1500 anos, a fortaleza une uma série de galerias e escadarias a planejamento urbano, engenharia, tecnologia hidráulica e arte, evidenciando um "palácio de luxo" que impressiona pela simetria e pela composição.
O castelo Sigiriya remonta ao século V, quando foi levantado para garantir a segurança do então rei Kasyapa I (477 d.C. - 495 d.C.), envolvido em uma conspiração fatal contra o próprio pai após ter sua mente persuadida pelo tio.
O palácio serviu como abrigo para a realeza por 17 anos, até que Kasyapa foi acometido por uma desgraça e viu o próprio irmão iniciar um conflito político declarado, culminando no abandono da população e no consequente suicídio do rei.
(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Registrada como Patrimônio Mundial da Unesco em 1982, Sigiriya consiste em uma estrutura com um engenhoso sistema hídrico, apresentando os jardins paisagísticos mais antigos do mundo, que podem ser vislumbrados de uma altura máxima de 200 metros e por mais de 1,2 mil degraus de escadaria.
Hoje, ainda é possível observar a dinâmica de algumas das principais elevações existentes no local, com muitas "fazendo sombra" a um passado luxuoso que abrigava piscinas, fontes, riachos e plataformas artisticamente projetadas.
(Fonte: Unsplash / Reprodução)
Por ano, mais de 1 milhão de turistas visitam as dependências da fortaleza e percebem um mecanismo que ainda se mostra funcional. Para isso, seus jardins contam com o apoio de energia hidráulica, sistemas de túneis subterrâneos e força gravitacional provenientes de um reservatório próximo — conhecido como "tanque" — para enviar água através de canais.
A Montanha do Leão
Durante seu governo, Kasyapa elevou Sigiriya (Simha-giri, que significa "montanha do leão") ao status de capital oficial do Sri Lanka, construindo o palácio real no topo da rocha, de forma a se assemelhar a um leão verdadeiro. Com isso, representações das patas do animal foram colocadas logo no acesso à escadaria, e o design homenageou o propósito do rei, que visava reforçar seu amplo domínio sob a selva do país, visto que a cidade era caracterizada como região essencialmente florestal.
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A mensagem de poder também foi enviada por meio de fontes e piscinas naturais do local, que, por décadas, eram utilizadas por convidados de alto escalão para aliviar o forte calor proveniente do sul da Ásia. Para isso, as águas foram estrategicamente posicionadas para além das escadarias, já que os visitantes terminavam a rota suados e cansados, assim sentiam-se obrigados a experimentar e aproveitar algumas das atrações existentes na rocha.
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Por cerca de R$ 280, pessoas de todo o mundo podem conhecer todas as dependências de Sigiriya em passeios guiados que duram entre 8 e 9 horas.