Tubarão-fantasma: cientistas encontram raro bebê da espécie
Mega Curioso
Um exemplar raro de um bebê de tubarão-fantasma foi encontrado por cientistas nas proximidades da costa leste da Ilha Sul da Nova Zelândia. A minúscula criatura foi achada com poucos dias de vida a uma profundidade de 1,2 km no fundo do oceano.
De acordo com os pesquisadores do Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica do país, a barriga quase transparente do animal apresentava uma quantidade significativa de gema de ovo, indicando que ele havia se alimentado há pouco tempo.
(Fonte: Brit Finucci/NIWA)
Os embriões dessa espécie passam suas primeiras fases de desenvolvimento em cápsulas de ovos colocadas pela fêmea no fundo do mar. Enquanto não estão prontos para romperem o ovo, eles se nutrem comendo uma gema.
A equipe de cientistas disse à imprensa que o animal foi encontrado por acaso quando estavam na região fazendo pesquisas de arrasto, visando analisar o tamanho e o comportamento das populações de peixes hoki no local.
Cápsulas onde o tubarão-fantasma se desenvolve. (Fonte: Brit Finucci/NIWA)
Segundo a cientista de pesca, Dra. Brit Finucci, integrante da equipe que encontrou o recém-nascido tubarão-fantasma, ela já havia tido a oportunidade de encontrar outros exemplares da espécie em seu trabalho. Mas esse caso chamou sua atenção pelo tamanho e por ainda ter poucos dias.
O que são os tubarões-fantasma?
Os tubarões-fantasma são criaturas semelhantes às espécies de tubarões e raias mais conhecidas, a principal diferença é que são seres cartilaginosos e, por isso, têm a aparência estranha e etérea, como se fossem animais de outro planeta.
(Fonte: Brit Finucci/NIWA)
A alimentação dele consiste basicamente em vermes e moluscos que vivem no fundo dos oceanos. Quando adultos, podem atingir até 2 metros de comprimento, sendo possível encontrá-los em todo o mundo. No entanto, raramente aparecem em regiões costeiras com águas rasas.
De acordo com a Dra. Finucci, em entrevista à BBC News, os próximos passos envolverão pesquisas com amostras genéticas e de tecidos do animal para que os pesquisadores possam entender melhor a espécie.
(Fonte: Brit Finucci/NIWA)
Segundo a especialista, acredita-se que os tubarões-fantasma tenham divergido dos tubarões tradicionais há cerca de 400 milhões de anos, e hoje integram uma classe chamada de chondrichthyes (peixes cartilaginosos), que abrange outras espécies de tubarões, peixes-serra e raias.