Biden diz que pandemia acabou, mas mortalidade segue alta nos EUA
Tecmundo
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que “a pandemia acabou”. A declaração foi dada em uma entrevista transmitida pela TV no domingo (18), no programa 60 Minutes, do canal de TV CBS.
Biden admitiu, no entanto, que o país ainda tem um problema com a covid. "Ainda estamos trabalhando muito nisso. Mas a pandemia acabou. Se você notar, ninguém está usando máscaras. Todo mundo parece estar em muito boa forma. E então eu acho que está mudando”, disse o mandatário.
Apesar da fala de Biden, os EUA continuam lidando com infecções por coronavírus que matam quase 400 norte-americanos por dia, segundo os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
Os Estados Unidos estão entre os países mais afetados pela pandemia de covid-19 no mundo
Na semana passada, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o fim da pandemia já estava “à vista” - mas ele ainda não chegou. Embora as mortes semanais, no mundo, estejam no nível mais baixo desde março de 2020, segundo a entidade o coronavírus ainda representa uma “emergência global aguda”.
Dados da OMS apontam que durante os primeiros oito meses de 2022, mais de um milhão de pessoas morreram de covid-19 no planeta.
No início do mandato de Biden, mais de 3.000 pessoas morriam de covid-19 por dia nos EUA. À medida que cuidados aprimorados, medicamentos e vacinas se tornaram amplamente disponíveis, os casos diminuíram.
Segundo Biden, os casos leves são uma prova das melhorias no atendimento durante sua presidência. Ele já pediu ao Congresso norte-americano mais US$ 22,4 bilhões de dólares em financiamento para se preparar para um potencial aumento de casos da doença no outono.
Desde julho, o próprio Biden passou mais de duas semanas isolado na Casa Branca após dois surtos de covid. Sua esposa, Jill, contraiu o vírus em agosto.
Segundo o Our World in Data, entre 16 de agosto e 17 de setembro, 19,4 milhões de novos casos foram registrados no mundo. Os aumentos mais significativos foram no Japão (29%), em Taiwan (20%) e em Hong Kong (19%). Os EUA registraram, no período, 2,5 milhões de casos - um aumento de 3%.