Ucrânia: cinemas são fechados após explosões e cineastas ganham apoio
Tecmundo
Nesta madrugada, o mundo inteiro foi surpreendido com a notícia da invasão de tropas russas ao território ucraniano. Vladimir Putin, atual presidente da Rússia, ordenou a ação militar e ainda ameaçou todos aqueles que tentassem interferir em seu planejamento.
Por esse motivo, o mercado exibidor, responsável pela administração dos cinemas da capital Kiev, decidiu por fechar suas salas após a verificação dos primeiros indícios de bombardeio, prezando pela segurança da população.
Ataque da Rússia à Ucrânia provoca destruição intensa na cidade de Chuhuiv. (Aris Messinis/AFP/Reprodução)
Além desse fato, a Academia Europeia de Cinema (EFA) se mobilizou durante a manhã desta quinta-feira (24) para entrar em contato com todos os seus membros ucranianos. De acordo com as apurações da imprensa internacional, a Academia prometeu apoio aos cineastas e trabalhadores do audiovisual do país em meio aos ataques da Rússia.
“Estamos procurando maneiras de fornecer apoio prático aos membros por meio de nossa associação com organizações próximas em termos de fronteiras”, relatou Mike Downey, presidente da EFA, ao Deadline. “À medida que a situação começa a se desenrolar, vamos tentar encontrar a melhor maneira de ajudá-los. A partir desse ponto, conseguiremos reagir”, enfatizou.
Saiba mais sobre a crise entre os países europeus
Durante os últimos dias, diversas ameaças foram noticiadas de ambos os lados com relação às regiões separatistas da Ucrânia, as quais Putin reconhece como independentes. Além de criticar o governo ucraniano, o presidente russo declarou que o país europeu representava uma ameaça à Rússia.
Por esse motivo, a preocupação da EFA é grandiosa, tendo em vista que um conflito armado pode gerar consequências severas e devastadoras para todos os envolvidos. Ao que tudo indica, a Academia Europeia de Cinema está acompanhando de perto toda a situação para oferecer suporte aos realizadores da área que desejarem sair do país ameaçado.
Chuguiv, no leste da Ucrânia, foi uma das cidades atacadas pela Rússia. (Aris Messinis/AFP/Reprodução)
“Existem vários artistas que criticaram abertamente o regime russo, então se isso se tornar uma ocupação completa, suas vidas estarão mais ameaçadas do que já estão”, pontuou Downey ainda em conversa com o Deadline.
Junto de Agnieszka Holland, cineasta polonesa, e de Matthijs Wouter Knol, diretor da EFA, Downey enviou cartas personalizadas aos 60 membros ucranianos da Academia.
“Nós percebemos que o aumento diário de tensão deve ter um impacto em sua vida e saúde, moral e trabalho criativo”, diz um trecho da carta. “Você é um dos nossos valiosos membros. Tenha certeza de que estamos ao seu lado, apoiando seu trabalho da melhor maneira possível”, seguiu a EFA.
Vamos aguardar por atualizações sobre esse caso.