Dirigente do Flamengo explica ausência em reunião e manda recado para CBF
Sportbuzz
A ausência do Flamengo na reunião que teve a presença de 19 clubes, dos 20 que estão disputando o Brasileirão, foi duramente criticada. Os times que disputam a elite do futebol nacional definiram no encontro, que aconteceu nesta quarta-feira, 8, e foi organizado pela CBF, o retorno do público aos estádios na 23ª do Campeonato Brasileiro.
Depois de sofrer uma série de críticas nas redes sociais, Rodrigo Dunshee, em entrevista ao programa "Seleção SporTV", se pronunciou em relação a ausência do Flamengo na reunião. O vice-presidente aproveitou para mandar um recado a CBF e afirmou que a decisão de retorno da torcida aos estádio não cabe a organização.
"O poder público que está preparado para dizer se pode ter público. Os clubes precisam sobreviver. Eu fico surpreso que a Confederação Brasileira de Futebol esteja trabalhando contra isso. O Flamengo quer fazer esses jogos porque tem uma atividade econômica exercida. Já estamos jogando na Libertadores, e agora que o prefeito o Rio liberou, queremos fazer esses jogos. Tivemos prejuízos, tivemos que vender o Gerson. Não é normal que o Flamengo aceite passivamente", afirmou.
"Aproveitando um precedente do Cruzeiro, fizemos um pedido parecido e o presidente do STJD disse que esse é um tema de regulamento sanitário. O Flamengo, por uma questão de coerência, não foi na reunião porque entende que a CBF não tem competência para tratar", seguiu.
Para quem não sabe, o Flamengo conseguiu junto com a Prefeitura do Rio de Janeiro a condição de realizar partidas do Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores com público no Maracanã. A medida não foi bem vista pelo restante dos clubes da primeira divisão nacional, que se reuniram nesta quarta-feira, 8, para fecharem o acordo de retorno da torcida no estádio em outubro.
Rodrigo Dunshee continuou defendendo o Flamengo em relação as críticas que o clube veio recebendo nos últimos dias e também sobre a volta antecipada dos torcedores que pode ocasionar numa vantagem para o time carioca. O dirigente fez questão de ressaltar que essa diferença não existe.
"Estamos jogando dentro da regra. O STJD nos deu uma decisão favorável. Se mudar, vamos cumprir. É direito dos clubes tentarem Do ponto de vista ético, acho errado deles, porque é uma coisa que deveria interessar a todos os clubes e seleções. Ficamos sem cinco jogadores, pedimos suspensão do campeonato e não teve um clube para ajudar o Flamengo. Na hora que o Flamengo quer se aproximar de sua torcida dizem que desequilibra o campeonato. Não dá para ter cada hora uma posição. Ficar sem 5 jogadores é pior do que ficar sem torcida", concluiu.