8 informações assustadoras sobre você que ficam armazenadas no celular
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*Por Marijus Briedis
Não há dúvida de que a pandemia da covid-19 seria bem mais difícil de suportar se não existissem os smartphones. Eles se revelaram como os principais aliados das pessoas em meio ao avanço do novo coronavírus. Com o aparelho, é possível se divertir, trabalhar, se relacionar e comprar enquanto se respeita as medidas de prevenção e distanciamento social. Consequência disso é que, segundo a plataforma Statista, sete em cada 10 usuários de internet em todo o mundo passaram a usar mais os celulares no último ano.
Contudo, as vantagens proporcionadas por esse pequeno dispositivo representam apenas um lado da moeda. Do outro lado, ele é capaz de guardar um grande número de dados pessoais e sensíveis dos usuários sem que eles saibam desse perigo. A seguir, confira oito informações assustadoras que (provavelmente) estão armazenadas no celular.
1. Localização geográfica
Vários aplicativos, principalmente os que utilizam mapas, solicitam acesso aos serviços de localização do seu smartphone. Por conta disso, o dispositivo rastreia a sua movimentação o tempo todo e pode dizer onde você está em diferentes situações e momentos.
2. Senhas de diferentes serviços
Quase todos os aplicativos móveis precisam de um registro para acessar o conteúdo. Além disso, as pessoas fazem login frequentemente em lojas e serviços online. Todas essas senhas ficam armazenadas no celular.
3. Informações sobre pagamentos
O e-commerce já é realidade comum no Brasil, mas é preciso ter cuidado. Quando a pessoa faz uma compra por meio do telefone, as informações sobre pagamentos, moradia e contatos também ficam armazenadas no celular.
4. O que você fala
Você já se surpreendeu de receber anúncio de algo que falou mais cedo? Pois é, os assistentes virtuais, como Siri (Apple), Alexa (Amazon) e Google Assistente podem gravar e armazenar tudo o que a pessoa fala pelo telefone.
5. Movimentos corporais
O smartphone está equipado com um acelerômetro e um giroscópio que medem o movimento físico, a orientação e a rotação angular da pessoa. Esses dados são disponibilizados aos apps de saúde e de esporte, identificando quanto a pessoa fica em pé, sentada, entre outros.
6. Dados biométricos
A impressão digital já é a principal ferramenta de identificação e controle de acesso. No entanto, há smartphones capazes de reconhecer o próprio rosto e a voz da pessoa, armazenando informações de identificação.
7. Suas pesquisas
Uma realidade conhecida por alguns usuários é a de que as pesquisas e o histórico de navegação nos sites do Google (como o YouTube) são utilizados para capturar dados demográficos e interesses pessoais para fins publicitários.
8. Metadados de fotografias
Tirou aquela selfie e postou no Instagram? Cuidado, qualquer foto que você disponibiliza online a partir do smartphone revela o modelo específico do telefone, a localização exata e até a hora em que foi tirada.
Têm muitas informações armazenadas no celular! E agora?
Ter todas essas informações armazenadas no celular não é recomendado, mas existem procedimentos simples que a pessoa pode adotar para proteger sua navegação e evitar a exposição de dados sensíveis sobre sua vida.
A primeira etapa, claro, consiste nas permissões dadas aos aplicativos. Aprove apenas aquelas que são realmente essenciais ao funcionamento. Também desligue o Wi-Fi e o Bluetooth sempre que não estiver usando. Por fim, busque uma solução de VPN que vai encriptar o tráfego de dados em seu aparelho e escondê-los de potenciais criminosos. Com isso, é possível extrair o máximo das vantagens do smartphone sem se preocupar com o que ele realmente sabe sobre você.
*Marijus Briedisd é CTO da NordVPN, empresa especializada em soluções de privacidade, segurança e rede privada virtual (VPN)