Amazon é acusada de mentir sobre práticas anticompetitivas
Tecmundo
As últimas notícias sobre supostas práticas anticompetitivas da Amazon, envolvendo a denúncia de plágio de produtos na Índia, podem resultar em novos problemas para a gigante varejista. Nesta segunda-feira (18), cinco membros do Congresso dos Estados Unidos divulgaram uma carta contestando as declarações dos executivos da companhia.
No documento enviado ao CEO da big tech Andy Jassy, os integrantes do Subcomitê Antitruste da Câmara dos EUA questionam se a empresa mentiu durante depoimentos sobre suas práticas de negócios. A audiência dada pelo fundador da varejista Jeff Bezos no ano passado está entre as contestadas.
Segundo o texto, o caso sobre a filial indiana revelado na semana passada contradiz os testemunhos de Bezos e outros importantes executivos. “Na melhor das hipóteses, esse relatório confirma que os representantes da Amazon enganaram o comitê”, escreveram os legisladores.
Um dos depoimentos contestados é o do ex-CEO da Amazon Jeff Bezos.
Os membros do Subcomitê querem que Jassy forneça documentos e outras evidências para corroborar as declarações anteriores de representantes da empresa ao Congresso, quando eles negaram as práticas das quais eram acusados. O prazo dado ao executivo para responder termina no dia 1º de novembro.
Investigação iniciada em 2019
Há dois anos, o Comitê Judiciário da Câmara americana abriu investigação sobre as práticas competitivas de gigantes da tecnologia, incluindo Google, Apple e Facebook, entre outras. No caso da Amazon, a apuração envolvia o uso de dados de vendedores terceirizados e o favorecimento de produtos próprios da marca na plataforma de comércio eletrônico.
Nos depoimentos, os executivos disseram que proíbem o uso das informações dos vendedores para o seu próprio benefício. Agora, a empresa voltou a negar as acusações e afirmou ter corrigido as informações divulgadas na última semana, além de reforçar a veracidade das declarações dadas ao Congresso.
Por sua vez, os legisladores não descartaram a abertura de uma investigação criminal, que pode ser solicitada ao Departamento de Justiça dos EUA.