Check-up: quem já teve covid-19 precisa tomar a vacina?
Tecmundo
Aos domingos, o TecMundo reúne algumas das principais notícias de saúde da semana em um só lugar. Confira os destaques desta semana abaixo.
O vírus
Notícias da pandemia
Proteção da vacina é maior que da infecção prévia
Pessoas que já tiveram covid-19 uma vez podem ganhar alguma proteção contra novas infecções pelo SARS-CoV-2, mas mesmo quem já teve a doença ganha proteção adicional contra o vírus se for vacinado.
De acordo com um estudo publicado na semana passada pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), pessoas não vacinadas que já tiveram a covid-19 têm risco mais de cinco vezes maior de pegar a doença novamente quando comparadas com aqueles que foram vacinados e nunca tiveram contato prévio com o vírus.
Os dados confirmam que os riscos de ficar sem tomar a vacina são maiores do que os riscos de receber o imunizante, e uma infecção prévia não é desculpa para ficar sem tomar a vacina.
Os tratamentos contra covid-19 chegaram
Finalmente já é possível tratar a covid-19 com uma pílula. Nesta semana, o Reino Unido aprovou o uso do remédio antiviral molnupiravir, criado pelas empresas farmacêuticas MSD e Ridgeback Biotherapeutics. De acordo com os dados apresentados pelas companhias, o remédio pode cortar o risco de morte pela metade em pessoas de grupo de risco que apresentem sintomas leves a moderados.
Cápsulas do medicamento molnupiravir, desenvolvido pelas farmacêuticas MSD e Ridgeback Biotherapeutics (crédito: divulgação/MSD)
Na sexta-feira (5), a Pfizer anunciou que seu remédio para tratar a covid, o antiviral Paxlovid, teve eficácia de 89% contra hospitalizações e mortes causadas pela doença em pessoas do grupo de risco.
Os dois medicamentos são antivirais e podem ser usados pelos pacientes em casa, no início dos sintomas. Ainda não há previsão de quando os remédios estarão disponíveis no Brasil. Até então, os únicos medicamentos aprovados para uso contra a covid eram anticorpos monoclonais, aplicados em ambiente hospitalar ou clínicas em pacientes mais graves.
Vacinação em crianças
Os Estados Unidos começara a vacinar crianças de 5 a 11 anos de idade contra a covid-19 na quarta-feira (3). O imunizante usado é o da Pfizer, em uma dose pediátrica (menor que a dose adulta).
Para especialistas brasileiros, agora é questão de tempo até que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorize o uso do imunizante no país.
Mudanças climáticas e os rins
Um estudo internacional realizado por professores da Universidade de São Paulo (USP) em parceria com a Universidade de Monash, na Austrália, que abrangeu 1816 cidades do Brasil, revelou que mais de 200 mil casos de doenças nos rins que ocorreram no país entre os anos de 2000 e 2015 foram ocasionados pelo calor. Os resultados, revisados por pares, foram publicados no jornal científico The Lancet Regional Health – Americas e compõem o maior estudo já realizado sobre o tema.
A relação entre aumento na temperatura média e o aumento de hospitalizações, de acordo com os pesquisadores, é perceptível: para cada aumento de 1 °C na temperatura média diária dos locais analisados, houve aumento de quase 1% nos casos de doenças renais. Pelos registros, as principais afetadas são as mulheres, crianças menores de quatro anos e pessoas com mais de 80 anos.
O estudo dá uma prévia dos riscos que o aquecimento global traz para a saúde humana. Enquanto isso, lideranças de vários países estão reunidas na COP26, a 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas para negociar metas e ações com o objetivo de mitigar a ação humana sobre o planeta e desacelerar as mudanças climáticas. O evento acontece até a próxima sext-feira (12).