Facebook adia lançamentos devido a problemas de reputação
Tecmundo
Segundo o The Wall Street Journal, o Facebook está adiando lançamentos de produtos e recursos para realizar “análises de reputação”, enquanto lida com denúncias de ex-funcionários internos, vazamento de dados e processos no Congresso dos Estados Unidos.
A empresa, que enfrenta um período de muita atenção por parte do público e das autoridades, anunciou que irá pausar o desenvolvimento do Instagram Youth — plataforma projetada para crianças com menos de 13 anos. Em setembro, uma reportagem do The Wall Street Journal divulgou pesquisas internas do Facebook comprovando que o Instagram fazia mal para a saúde mental de garotas adolescentes.
Nesta terça-feira (5), Frances Haugen, a ex-gerente de Produtos do Facebook, prestou depoimento para o Senado dos Estados Unidos, denunciando que os produtos da empresa “fazem mal a crianças, alimentam a divisão social e enfraquecem a democracia”. Haugen ainda disse que o Facebook, por vezes, escolheu o lucro a custo do bem-estar de seus usuários.
O Facebook enfrenta uma série de obstáculos desde o vazamento de suas pesquisas internas, em setembro de 2021
Resposta do Facebook
Em resposta ao depoimento da ex-gerente, Mark Zuckerberg disse que o argumento de que eles estariam lucrando com desinformação e discurso de ódio seria “ilógico”. Mark ainda disse que os líderes da empresa farão “análises profundas” em diversas áreas em desenvolvimento atualmente, para demonstrar que o Facebook está disposto a fazer “contribuições importantes em segurança, integridade, pesquisa e produto”.
O CEO do Facebook ainda disse que a reportagem do The Wall Street Journal descaracterizou a pesquisa sobre os efeitos do Instagram na saúde mental de usuários, visto que esta foi realizada para tornar a rede social um lugar melhor.
Crise de reputação
Recentemente, o Facebook também baniu um grupo de acadêmicos que realizavam pesquisas sobre a transparência dos anúncios da plataforma e a disseminação de fake news. O grupo disse que a pesquisa estaria sendo silenciada e a justificativa do Facebook foi “imprecisa”. Esses comportamentos só fortalecem os indícios de que a empresa está tendo dificuldades em lidar com a crise de imagem.