Robô da Petrobras faz inspeções submarinas; saiba como funciona
Tecmundo
Na última quinta-feira (17), a Petrobras revelou o início do licenciamento do robô Autonomous Underwater Risen Inspection (Auri), desenvolvido em parceria com a universidade PUC-Rio para realizar inspeções em instalações submarinas. O robô consegue identificar as necessidades de manutenção nos dutos flexíveis que transportam petróleo das instalações submarinas às plataformas de produção.
Os primeiros testes foram realizados na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, e a operação foi um sucesso ao comprovar a eficácia do Auri. Assim, a companhia se sentiu confiante para iniciar o licenciamento da tecnologia, que deve ser concluído até o fim de 2022.
Testes da Petrobras com o Auri.
“A Petrobras criou um amplo programa para aumento da segurança em operações de mergulho, denominado Programa Sinergia Diverless. Esse programa introduziu novas sistemáticas, metodologias e tecnologias para aumentar a segurança dos mergulhadores. Os resultados que temos obtido são um exemplo de como uma cultura de inovação e superação geram valor para o negócio, demonstrando que é possível produzir mais e com mais segurança” revelou o diretor de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen.
Limpeza em até 50 metros de profundidade
O robô é controlado por um profissional especializado à distância e, além de realizar algumas tarefas de inspeção, também faz toda a limpeza nos dutos flexíveis. Para realizar as tarefas, o Auri conta com ferramentas e pode se movimentar em 360 graus.
Até então, as ferramentas usadas pela Petrobras são acopladas em um veículo operado remotamente (ROV), mas o Auri usará os ROVs apenas no processo de instalação e desinstalação nos dutos e, assim, vai evitar mais de 1.300 horas em operações de mergulho. Ou seja, o robô também contribuirá com a segurança dos profissionais, pois ele chega até 50 metros de profundidade e pode ser usado em condições meteorológicas adversas.
De acordo com informações da Petrobras, o robô aumentará a velocidade de limpeza em até dez vezes e, consequentemente, reduzirá consideravelmente os custos. Agora, a empresa precisa aguardar o término do licenciamento para começar a usar a tecnologia em escala.