Baixaki morreu? Saiba como está o site pioneiro em downloads no Brasil
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Um relatório recente, realizado pela startup de inteligência de mercado Rocket Lab, indicou que o Brasil é o quarto país que mais faz downloads de aplicativos para celular no mundo, baixando mais de 10 bilhões de apps em 2022. Porém, em uma época não muito distante, quando o domínio de lojas de aplicativos ainda era menor, usuários precisavam encontrar fontes externas para baixarem programas em seus dispositivos.
Assim nasceu, em 2000, o Baixaki, um dos maiores sites de downloads do Brasil. Ao decorrer dos anos, no entanto, com o avanço tecnológico e o surgimento de novas tendências, a plataforma precisou passar por grandes adaptações para continuar relevante no cenário de distribuição de programas e aplicações. Diferentemente do número atual de downloads para celulares, de 2000 a 2010, 2,5 milhões de downloads haviam sido disponibilizados pelo site.
“O Baixaki não morreu e está mais vivo do que nunca”, explica Arthur Wogram, gerente de marketing e performance da NZN — player em soluções para publicidade e comunicação online e detentora da marca. Ele relata que, para se manter em destaque no mercado atual, a plataforma teve que superar desafios significativos e encontrar novos caminhos de monetização com a audiência.
“O cenário atual é muito diferente da época do surgimento do Baixaki, na qual os usuários precisavam buscar em fontes externas programas e recursos para seus dispositivos. A expansão das redes sociais, por exemplo, fez com que as opiniões ficassem muito mais nichadas e segmentadas. Nosso maior desafio passa ser tirar o usuário da zona de conforto das lojas nativas dos dispositivos e de suas redes de preferência, para buscar por apps, tutoriais e opiniões de especialistas em uma plataforma terceira”, discorre.
Linha do tempo do Baixaki
Após seu lançamento, o Baixaki alcançou uma audiência de impressionantes 4 bilhões de visualizações de páginas por ano. Porém, com as mudanças no cenário digital e o crescimento das lojas oficiais, a audiência atual é cerca de 80% menor.
Apesar da diminuição na audiência, o Baixaki continua sendo um dos pilares de faturamento da NZN, com a segunda maior receita da empresa e a principal linha de inventário. Para Marcelo Vitor, product manager responsável pelo Baixaki, esse fato se deve ao poder da plataforma em compreender o comportamento do consumidor e tornar a solução mais completa, parte dela atrelada a entrega de anúncios na navegação dos usuários e outra comissionada por marketing de afiliação.
“A essência do Baixaki continua a mesma. A diferença é que hoje estamos trabalhando em entregar uma melhor experiência para o usuário, seja na navegação, com uma interface condizente com os novos padrões da web, seja pela velocidade de acesso ao conteúdo e organização dos elementos da página. No geral, temos uma visão clara do que eles buscam e todos os recursos são pensados para tornar essa jornada mais recompensadora”, comenta Marcelo.
Atualmente o site possui mais de 150 mil programas e, o que antes era uma vantagem, passa a ser um desafio no que diz respeito à relevância e organização. Outra preocupação da plataforma tem sido oferecer mais segurança para o consumidor. Para combater a percepção antiga de que seus downloads poderiam conter algum malware, o Baixaki adotou um rigoroso processo de verificação dos programas inseridos, garantindo que sejam atestados por um selo de segurança no site.
A curadoria de conteúdo também busca selecionar apenas softwares de fontes legítimas e a parceria com lojas oficiais de cada sistema tem trazido mais respaldo quanto à legitimidade das aplicações.
Para o próximo quarter, a NZN prepara uma nova versão do site, com portfólio de programas mais enxuto, priorizando o que é mais relevante para os usuários. A plataforma também continua sua jornada de reinvenção para acompanhar as mudanças no setor e se manter como referência no fornecimento seguro e confiável de programas para os brasileiros. “O nosso foco é sempre oferecer a melhor experiência para quem acessa o portal e confia no Baixaki”, finaliza Arthur.