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Anomalia no campo magnético da Terra ocorrida há 3 mil anos é revelada
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Anomalia no campo magnético da Terra ocorrida há 3 mil anos é revelada

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Aventuras Na História
19/12/2023 16h53
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15946093/original/open-uri20231219-56-1jecxh8?1703004927
©Divulgação/ Museu Slemani
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Uma equipe de cientistas do University College London revelou ao mundo através de um estudo recente que o planeta Terra sofreu uma curiosa alteração em seu campo magnético há aproximadamente 3 mil anos. 

A descoberta foi realizada graças à análise de 32 tijolos de argila encontrados em escavações através da região correspondente à antiga Mesopotâmia, nos quais existiam inscritos com os nomes de reis da época. Isso pois os materiais utilizados na criação destes tijolos eram ricos em minerais, e a composição química desses minerais, por sua vez, trazia uma "assinatura magnética". 

Conforme explicado pelo Phys.org, quando minérios são esquentados (como acontece durante o cozimento da argila para a fabricação de tijolos), eles ficam sensíveis a possíveis variações no campo magnético terrestre. Assim, após esfriarem, eles acabam "congelando" essa informação em si. 

Vale apontar que as variações no magnetismo da Terra são naturais: ele fortalece e enfraquece repetidamente com o passar do tempo. 

A pesquisa 

Quando os pesquisadores investigaram a assinatura magnética dos minerais de óxido de ferro presente nos tijolos, portanto, descobriram qual era a força do campo magnético do planeta na época em que os artefatos foram criados. 

Os dados encontrados, porém, foram surpreendentes: o território da Mesopotâmia (que hoje corresponde ao Iraque) contava com um magnetismo "extraordinariamente forte" entre os anos de 1050 a.C. a 550 a.C. O motivo por trás dessa anomalia é, até então, um mistério

O campo geomagnético é um dos fenômenos mais enigmáticos nas ciências da Terra. Os vestígios arqueológicos bem datados das ricas culturas mesopotâmicas, especialmente tijolos inscritos com nomes de reis específicos, proporcionam uma oportunidade sem precedentes para estudar mudanças na intensidade do campo em alta resolução de tempo, rastreando mudanças que ocorreram ao longo de várias décadas ou até menos", apontou Lisa Tauxe, co-autora do artigo científico a respeito do tópico. 

Outro detalhe interessante do estudo é que, através do mapeamento das alterações no campo magnético planetário ao longo do tempo, os arqueólogos podem ganhar uma outra ferramenta de datação de artefatos.

Nem todas as relíquias do passado, por exemplo, podem ser submetidas à datação de radiocarbono, limitando os especialistas a especulações. Com a utilização do chamado "arqueomagnetismo", por sua vez, essa análise pode ser tornada mais precisa. 


+ Confira o estudo na íntegra através deste link. 

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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