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Empresa quer armazenar toda a música do mundo em cofre em ilha congelada
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Empresa quer armazenar toda a música do mundo em cofre em ilha congelada

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Aventuras Na História
29/03/2023 19h18
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©Reprodução / Vídeo
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Uma empresa norueguesa decidiu preservar um patrimônio imaterial da humanidade no caso do mundo acabar: a música. Para isso, pensou em guardar as obras musicais numa espécie de cofre na própria natureza, o que já foi feito anteriormente com outros elementos históricos.

Um dos idealizadores do projeto, Luke Jenkinson, contou em entrevista ao "The Independent", que a ideia surgiu quando descobriu os outros cofres e pensou na hipótese de armazenar "toda essa música que nos moldou por séculos", como repercutido pelo O Globo.

Em 2019 a ideia passou a ganhar mais força e forma, quando a The New York Times Magazine divulgou a ocorrência de um incêndio — que depois foi encoberto — no Universal Studios, 10 anos antes, que culminou na destruição de até 175.000 fitas master pertencentes ao Universal Music Group.

De acordo com Jenkinson existem também outras preocupações, como os músicos que fogem do Afeganistão após a aquisição do Talibã em 2021, o que exemplifica a fragilidade dos ecossistemas musicais vivos. Além de guerras, que junto de acidentes e desastres naturais, podem acabar com gerações de herança cultural acumulada. 

O cofre

Localizada entre a Noruega e o Polo Norte, em Svalbard, uma mancha rochosa onde, por trás das montanhas de gelo, formou-se uma espécie de depósito natural, sendo o mais famoso, o Global Seed Vault. A ideia é que as músicas fiquem nesses cofres da região também, chamado Global Music Vault, ainda segundo a fonte.

No local estão guardadas milhões de amostras de sementes provenientes de quase todos os países do mundo e no Arctic World Archive, documentos históricos e culturais, como o manuscrito original da Divina Comédia de Dante, estão trancados atrás de portas de aço.

Para as músicas serem armazenadas, a empresa têm o que Jenkinson descreve como uma “parceria” com a Microsoft. O objetivo é usar a tecnologia emergente do "Project Silica", o qual, promete armazenamento que dura “dezenas a centenas de milhares de anos”, com informações cortadas a laser em quadrados de vidro de quartzo do tamanho de caixas de CD.

Quando o cofre — que consiste em uma esperança lucrativa nos próximos cinco a 10 anos — começar a valer, seu primeiro depósito deve ser feito ainda neste ano, com contribuições dos Arquivos de Música Ketebul do Quênia, da Orquestra de Instrumentos Indígenas e Novas Tecnologias e do Coro Fayha do Líbano.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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