Sinais de rádio estão vindo de lugar misterioso do espaço há uma década

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De algum lugar nunca antes visto do espaço, pulsos misteriosos de rádio estão sendo emitidos. Ao longo da última década, pesquisadores buscam mais informações sobre as rajadas de emissões de rádio que vêm em nossa direção a cada duas horas — de algum lugar da constelação da Ursa Maior.
Durante esse tempo, pesquisadores usaram múltiplos telescópios para tentar encontrar a origem do sinal. E agora eles parecem ter descoberto sua origem: um par de estrelas mortas.
A explicação
Segundo repercutido pelo The Independent, os cientistas acreditam que o sinal vem de duas estrelas — uma anã vermelha e uma anã branca —, que estão em órbita uma da outra de forma tão firme que seus campos magnéticos chegam a interagir entre si. Assim, quando eles entram em colisão, o que acontece a cada duas horas, isso emite uma explosão de sinais de rádio.
Até pouco tempo atrás, os pesquisadores só haviam rastreado os pulsos de rádio longo até estrelas de nêutrons. No entanto, em um novo estudo, eles sugerem que, pela primeira vez, esses sinais podem estar vindo do movimento de estrelas que estão presas juntas em um sistema binário.
Esses pulsos seriam flashes curtos de sinais de rádio que podem durar entre segundos e minutos. Eles são semelhantes — mas ligeiramente diferentes de — rajadas rápidas de rádio (FRB na sigla em inglês para 'fast radio bursts'); que é um fenômeno que ainda hoje permanece misterioso e intriga os especialistas.
Os pulsos de rádio são muito semelhantes aos FRBs, mas cada um tem comprimentos diferentes", explica Charles D. Kilpatrick, do Centro de Exploração e Pesquisa Interdisciplinar em Astrofísica, da Universidade Northwestern, e um dos autores do estudo.
"Os pulsos têm energias muito mais baixas do que os FRBs e geralmente duram vários segundos, ao contrário dos FRBs que duram milissegundos. Ainda há uma grande questão sobre se há um continuum de objetos entre transientes de rádio de longo período e FRBs, ou se são populações distintas".
Mais detalhes do estudo foram detalhados no artigo 'Sporadic radio pulses from a white dwarf binary at the orbital period', publicado na revista Nature Astronomy.


