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Novo aliado contra o Alzheimer? Veneno de vespa brasileira mostra potencial em estudo inovador
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Novo aliado contra o Alzheimer? Veneno de vespa brasileira mostra potencial em estudo inovador

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11/09/2025 23h33
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Uma descoberta feita por cientistas da Universidade de Brasília (UnB) pode abrir caminho para um novo tipo de tratamento contra a doença de Alzheimer. O estudo, conduzido com apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), identificou um composto promissor no veneno da vespa social Polybia occidentalis, uma espécie encontrada no Brasil.

Esse composto, um peptídeo batizado de octo-vespina, demonstrou capacidade de amenizar os efeitos da doença em testes realizados com camundongos, especialmente no que diz respeito à perda de memória e ao comprometimento das funções cognitivas. Os pesquisadores alteraram quimicamente o peptídeo original para torná-lo mais eficaz no combate às proteínas tóxicas que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer.

Segundo os cientistas, o octo-vespina modificado age sobre as placas de beta-amiloide — estruturas associadas à degeneração dos neurônios e a uma série de sintomas característicos da doença. Em modelos animais, os resultados foram animadores: os roedores tratados apresentaram melhor desempenho em testes de memória, atenção e orientação espacial.

A pesquisa, que reúne especialistas em neurofarmacologia, química, física e nanotecnologia, representa um passo importante no esforço global por terapias mais eficazes contra o Alzheimer — uma condição que afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo, sendo aproximadamente 1,2 milhão apenas no Brasil, segundo dados da Associação Internacional de Alzheimer (ADI).

Além do desafio de identificar uma substância ativa, a equipe da UnB também se dedica a encontrar formas eficientes de fazer com que o composto chegue ao cérebro. A rota de administração mais promissora, até agora, é a via intranasal, que permitiria que o medicamento ultrapassasse a barreira hematoencefálica com maior facilidade e de maneira menos invasiva. Essa abordagem também poderia facilitar o uso contínuo em pacientes humanos, se o tratamento chegar a essa fase.

Apesar dos resultados iniciais bastante positivos, os cientistas são cautelosos. Ainda será necessário realizar uma série de estudos complementares, testes clínicos em humanos e avaliações rigorosas de segurança antes que qualquer medicamento baseado no veneno da vespa possa ser disponibilizado comercialmente.

Ainda assim, o avanço representa uma nova esperança para milhões de famílias que convivem com os impactos devastadores do Alzheimer. A pesquisa mostra como a natureza — mesmo em criaturas pequenas e, muitas vezes, temidas como as vespas — pode esconder soluções surpreendentes para alguns dos maiores desafios da medicina moderna.

Veja:

 

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Leia a matéria original aqui.

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