Dono da Meta rejeitou iniciativas para proteger a saúde mental de adolescentes
ICARO Media Group TITAN
Mark Zuckerberg, o dono da Meta, foi acusado de repetidamente bloquear medidas para proteger a saúde mental dos adolescentes que usam o Facebook e Instagram, de acordo com e-mails revelados em um processo movido por 42 estados americanos contra a empresa. Os documentos, divulgados recentemente, mostram que em 2019 diversos executivos apresentaram a Zuckerberg uma proposta para desativar uma ferramenta do Instagram conhecida como "filtro de beleza".
O filtro altera a aparência do rosto nas fotos e vídeos postados pelos usuários. Críticos alegam que essa ferramenta afeta a autoestima dos adolescentes, ao impor padrões estéticos inatingíveis. Depois de deixar a proposta sem resposta por quase um ano, Zuckerberg decidiu vetá-la, mantendo assim o filtro disponível para os usuários. Sua justificativa foi de que havia demanda para esse tipo de ferramenta e que não havia dados indicando que ela poderia ser prejudicial à saúde mental dos adolescentes.
O processo movido pelos 42 estados americanos acusa a Meta de colocar em risco a saúde de milhões de adolescentes para obter lucros. Após a divulgação desses e-mails, a empresa se pronunciou afirmando que os filtros são padrões nos aplicativos e que também oferece diversas ferramentas aos pais para auxiliá-los no controle do uso das redes sociais por parte de seus filhos.