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Astrônomos detectam bolha de gás no buraco negro da Via Láctea
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Astrônomos detectam bolha de gás no buraco negro da Via Láctea

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Tecmundo
12/10/2022 18h00
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Uma nova descoberta feita por astrônomos no telescópio Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), no Chile, revelou sinais de um “ponto quente” (bolha de gás) orbitando Sagitário A*, o buraco negro no centro da Via Láctea

De acordo com o autor-líder do estudo, Maciek Wieltus, do Instituto Max Planck de Radioastronomia em Bonn, na Alemanha, “pensamos que estávamos olhando para uma bolha quente de gás girando em torno de Sagitário A* em uma órbita de tamanho semelhante à do planeta Mercúrio, porém fazendo um giro completo em cerca de 70 minutos."

Mas, para que essa observação esteja correta, explica o astrofísico polonês, "a velocidade com que [o ponto quente] se desloca tem que ser enorme, cerca de 30% da velocidade da luz”. As observações foram realizadas durante uma colaboração internacional do Event Horizon Telescope (EHT), o projeto "caçador de buracos negros" que conecta grandes telescópios do mundo.  

Foi em uma dessas conexões globais de radiotelescópios, em abril de 2017, que Wielgus e seus colegas puderam comparar seus dados do ALMA com as demais observações EHT de Sagitário A*. Para sua surpresa, os seus estudos baseados em emissão de rádio polarizada do buraco negro mostraram-se mais fortes. 

Por coincidência, algumas das observações foram realizadas logo depois de uma explosão de energia de raios-X emitida a partir do centro da Via Láctea e detectada pelo Telescópio Espacial Chandra da NASA. A novidade, explica Wiegas, é que esse tipo de explosão, antes restrita a observações de raios-X e infravermelhos de Sagitário*, mostrou que "pontos quentes em órbita também estão presente em observações de rádio", como as do ALMA. 

Com isso, a expectativa da equipe é que, no futuro, seja possível observar esses aglomerados de gás com os parceiros do EHT, até que “um dia nos sintamos à vontade para dizer que 'sabemos' o que está acontecendo em Sagitário A*”, conclui Wielgus.

ARTIGO - Astronomy & Astrophysics - DOI: 10.1051/0004-6361/202244493 .

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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