Dignos de Oscar: veja 12 diálogos marcantes do cinema
Tecmundo
A história do cinema é marcada por grandes produções, efeitos especiais de tirar o fôlego, atuações impressionantes, trilhas sonoras inesquecíveis, entre outros fatores que compõe essa infinidade de características que tanto amamos na sétima arte .
Mas convenhamos que diálogos marcantes, bem escritos e encenados têm o poder de entrar em nossas mentes. São essas linhas decoradas e reproduzidas por atores e atrizes que nos fazem rir, chorar, passar raiva, enfim, vivenciar a experiência cinematográfica – seja ela uma narrativa complexa ou até mesmo uma simples conversa corriqueira.
A lista de diálogos do cinema é gigantesca, então trouxemos alguns dos mais marcantes e relembrados, dignos de Oscar , assim dizendo. Confira a seguir!
Na trama do longa dirigido por Quentin Tarantino, Vicent e Jules, respectivamente interpretados por John Travolta e Samuel L. Jackson, são mafiosos e devem cumprir uma série de serviços.
Em um dos trabalhos, Vicent leva Mia (Uma Thurman) em uma boate, e lá acontece um diálogo para, digamos, "quebrar o gelo", mesmo que de um jeitinho diferenciado.
"— Você não odeia isso?
— Não odeio o que?
— Os silêncios incômodos. Por que temos que falar de idiotices para nos sentir cômodos?
— Não sei. É uma boa pergunta.
— É assim que você sabe que encontrou alguém especial. Quando você pode ficar quieto um minuto e estar cômodo em silêncio."
Ele foi soldado na Guerra do Vietnã, maratonista, compositor, fujão de briga... foi de tudo na vida! Forrest Gump, interpretado por Tom Hanks, fez tanta coisa durante sua vida que fica difícil contar — não que isso fosse uma grande empecilho para ele, pois o filme de Robert Zemeckis é sobre exatamente isso.
Quando criança, ele disse essas palavras para uma colega quando os dois estavam em um ônibus escolar:
"— Você já sonhou com o que vai ser na vida?
— O que eu vou ser? Não vou ser eu?"
Mal sabia ele que, de fato, a frase faria sentido diante das inúmeras proezas e conquistas que somente uma pessoa como ele conseguiria fazer.
Vivendo em um reality show — muito antes de BBB virar febre em solo brasileiro —, Truman Burbank (Jim Carrey) começou a desconfiar das coisas que aconteciam a sua volta.
Holofotes caindo do céu? Foi diante de inúmeras evidências que Truman passou a desconfiar que sua vida não passava de uma farsa inventada para ser transmitida na TV.
Em um dos diálogos marcantes do longa de Peter Weir, o protagonista revela querer largar sua rotina para viajar por aí, mas havia alguém para desanimar o coitado.
"— Quero ser um explorador, como o grande Magalhães.
— Você está atrasado. Não há nada para explorar."
Nesse grande clássico de David Fincher, Jack (Edward Norton) tem sua vida monótona virada do avesso após conhecer o personagem de Brad Pitt, que explica, do seu modo, como a vida deve ser levada:
"Se você está lendo isso, então esse aviso é pra você. Cada palavra dessa inútil letra pequena é um segundo a menos de vida. Você não tem mais nada pra fazer? A sua vida é tão vazia que você não tem nada melhor pra fazer pra passar o tempo? Ou você se impressiona tão facilmente com a autoridade que respeita tudo que ela diz? Você lê tudo que deveria ler? Pensa tudo o que deveria pensar? Compra tudo o que dizem que você deve querer? Saia do seu apartamento. Conheça alguém do sexo oposto. Pare de comprar coisas e se masturbe muito. Peça demissão. Comece uma briga. Demonstre que você está vivo. Se você não mostrar a sua humanidade, você vai se transformar em uma estatística. Esteja avisado... Tyler."
Esse talvez seja um dos diálogos de cinema mais recordados da história.
Os efeitos especiais do cinema nunca mais foram os mesmos após Matrix, das irmãs Wachowski, cravar um padrão de qualidade sem precedentes. Mas o filme vai além da estética e também traz reflexões interessantes, especialmente sobre a realidade na qual vivemos.
Esse é o dilema enfrentado pelo personagem de Keanu Reeves em diálogo com Morpheus, de Laurence Fishburne, que o indaga:
"— Você acredita no destino, Neo?
— Não.
— Por que não?
— Não gosto da ideia de não controlar a minha vida."
É praticamente impossível não citar Um Sonho de Liberdade, de Frank Darabont, quando o assunto é diálogos de cinema. O filme apresenta a comovente história de companheirismo vivida pelos personagens de Morgan Freeman e Tim Robbins, que literalmente sonham em deixar o lugar.
"— Ellis Boyd Redding, sua ficha diz que você cumpriu 40 anos de sua prisão perpétua. Se sente reabilitado?
— Reabilitado? Bom, vamos ver, não tenho ideia do que isso significa.
— Significa poder voltar a viver em sociedade...
— Sei o que significa pra você, filho. Pra mim, isso é apenas uma frase vazia, inventada por políticos. Pra que jovens como você vistam terno e gravata e tenham um exemplo. O que você quer saber? Se eu estou arrependido?
— Está?
— Não há dia que não lamento. Não porque eu esteja aqui, ou porque eu ache que tenha que fazer isso. Penso no que eu era antes. Um rapaz estúpido que cometeu um crime terrível. Quero contar como tudo aconteceu, mas não posso. Esse rapaz já não existe mais, só restou esse velho. Devo viver com isso. Reabilitado? Que tristeza de palavra."
Emblemático pela estética, trilha sonora e, claro, diálogos marcantes, o genial Trainspotting, de Danny Boyle, é sobre o triste refúgio que as pessoas encontram nas drogas quando a vida não vai bem. É nesse momento que Mark Renton, personagem de Ewan McGregor, recebe um toque de Diane, de Kelly Macdonald:
"— Você não está rejuvenescendo. O mundo muda. A música muda. Até as drogas mudam. Você não pode sonhar todo o dia com heroína e ’Ziggy’ Pop.
— É Iggy Pop.
— Tanto faz. Ele tá morto.
— Não. No ano passado ele fez uma turnê. O Tommy viu.
— Você precisa encontrar algo novo."
Dirigido por Ron Howard, o brilhante John Nash, vivido por Russell Crowe, é um verdadeiro gênio da matemática. E ele usa seus conhecimentos até mesmo na hora de paquerar:
"— Bom, de que tamanho é o Universo?
— É infinito.
— Como você sabe?
— Isso é informação.
— Mas não foi demonstrado. Você não viu. Como pode ter certeza?
— Não tenho. Eu acho que é assim.
— O mesmo acontece com o amor. Eu acho."
Mais um lindo longa-metragem sobre companheirismo, a produção francesa se destaca pela relação sinuosa, mas bonita de Philippe e Driss. O temperamento dos dois é forte e invade até mesmo os mais simples diálogos entre eles, como nessa conversa sobre o famoso pintor Francisco de Goya:
"— Você gosta desse quadro?
— Sim. Gosto muito de Goya.
— Sim, não é ruim. Mas ele não tem feito muita coisa recentemente."
Diálogos marcantes não faltam em Interestelar, de Christopher Nolan. A busca pelo desconhecido enfrentada por um grupo de exploradores faz com que suas relações se tornem mais íntimas. É nessa situação que os personagens de Matthew McConaughey e Anne Hathaway arrancaram alguns suspiros dos espectadores:
"— Então acredita em mim quando eu digo que o amor não é algo que a gente inventou. Ele é poderoso. Deve significar alguma coisa.
— O amor tem significado. Uma utilidade social, uma função social...
— Amamos pessoas que morreram. Que utilidade social há nisso?
— Nenhuma.
— De repente significa algo mais. Algo que ainda não podemos entender. De repente se trata de uma prova, de um artefato de uma dimensão superior que não percebemos conscientemente. Estou cruzando o Universo por alguém que não vi em uma década e que provavelmente está morto. O amor é a única coisa que somos capazes de perceber que transcende as dimensões do tempo e do espaço. De repente deveríamos acreditar nisso, ainda que não possamos entender."
No aclamado longa-metragem de Alejandro González Iñárritu, Michael Keaton dá vida a Riggan, um ator que é tão decadente quanto egocêntrico. O traço de personalidade pode ser visto nesse que com certeza é um dos diálogos do cinema mais recordados da última década:
"— Tenho a oportunidade de fazer algo bom. Preciso aproveitá-la. Preciso.
— É curioso. Estava aqui, te esperando. De repente não consegui me lembrar por que nos separamos.
— A última vez que vim de avião de Los Angeles, George Clooney estava sentado dois assentos na frente, com uns pesos de ouro e esse maldito queixo. Atravessamos uma tempestade realmente forte. O avião estava balançando muito. Todos no avião estavam chorando. Choravam. Rezavam, sabe? Eu estava lá, sentado. Eles chorando, eu sentado. E pensava: “Caramba, amanhã, quando o Sam ler o jornal, vai ver o rosto do Clooney na primeira página, não o meu”."
Dispensando apresentações, a trilogia dirigida por Robert Zemeckis é praticamente sinônimo de diálogos marcantes.
Mesmo que causem a maior bagunça no presente devido às aventuras e desventuras que Marty McFly e Doc Brown, interpretados por Michael J. Foz e Christopher Lloyd, vivenciam entre o passado e o futuro, ainda sobra espaço para reflexões não tão profundas, apesar de fazerem sentido:
"— E o que aconteceu com todo esse discurso sobre alterar os acontecimentos futuros? A continuidade espaço-tempo?
— Bom, isso não importa."
E você, possui memória de algum diálogo cinematográfico que marcou sua vida? Aproveite e conte para nós em nossas redes sociais!