Fake news, tecnologia e o papel do jornalismo
Tecmundo
O jornalismo vive uma crise de credibilidade que atinge , em essência, todas as áreas e editorias. Mesmo veículos consagrados podem se ver em situações de desconfiança da população.
Esse é um resultado direto da “era das fake news”, como é chamada pelo doutor em Ciência Política e pesquisador da Universidade de Zurique, na Suíça, Victor Araújo. Ainda que Araújo fale sobre a propagação de desinformação pelas redes sociais — particularmente pelo WhatsApp — e confirme que, sim, as fake news estão mais fortes do que nunca com as ferramentas virtuais, acredito que não se trata apenas da tecnologia. O assunto está longe de se esgotar aí.
Notícias falsas, a tradução literal do termo, diz respeito a toda informação que não pode ser comprovada. Comprovações surgem de diferentes formas, mas sempre utilizando métodos científicos e/ou jurídicos: observação, provas, inspeção, testemunhas, documentos. Quando algo não pode ser comprovado, é apenas uma hipótese e deve ser tratada como tal.
Não quer dizer que tudo aquilo que é dito sem comprovação automaticamente seja mentira. É para descobrir isso que existe o papel do jornalista. É como diz um ditado popular do ramo: quando alguém diz que está chovendo e outra pessoa diz que está fazendo sol, a responsabilidade jornalística não está em dar voz a ambos, mas sim em abrir a janela e constatar se está chovendo ou fazendo sol.
Honestamente, apenas uma dessas respostas é válida para um jornalismo sério. Eu espero que o Brasil saiba qual é.