Após escândalo de abusos sexuais, escoteiros negociam indenização de US$ 850 milhões para vítimas
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Após décadas em silêncio, cerca de 100 mil pessoas denunciaram um escândalo de abusos sexuais na Boy Scouts of America (BSA), uma organização de escoteiros. Na última segunda-feira, 02, então, a instituição anunciou um acordo de 850 milhões de dólares para indenizar as dezenas de milhares de vítimas entre cinco e 21 anos.
Por enquanto, o valor ainda não foi validado por um juiz norte-americano, segundo o UOL. Quando for comprovado, contudo, o acordo será um dos maiores já realizados na história dos Estados Unidos no contexto de agressão sexual.
De acordo com a BSA, o acordo foi realizado em parceria com a Coalizão de Escoteiros Abusados e foi negociado como parte de um pedido de falência da organização aberto em fevereiro de 2020, depois das muitas revelações de abuso.
"Este acordo garante que temos o apoio esmagador dos sobreviventes para o Plano de Reorganização proposto pela BSA, que é um passo fundamental na jornada da BSA para sair da falência", afirmou a instituição de jovens, em comunicado oficial.
Nesse sentido, o acordo fechado pelas partes prevê que a BSA contribua com até 250 milhões de dólares em ativos, que serão colocados em um fundo para compensar as vítimas. Ainda mais, os conselhos locais de escoteiros devem contribuir com dinheiro e propriedades no valor de US$ 500 milhões, além de outros US$ 100 milhões que serão colocados em um segundo fundo, que deverá financiar os planos de pensão.
Conforme explicou a Boy Scouts of America, que foi fundada em 1910, o acordo ainda não foi assinado por todas as vítimas dos abusos denunciados, por mais que a Coalizão de Escoteiros Abusados pela Justiça represente "a vasta maioria dos demandantes". A indenização, contudo, também enfrenta a oposição das seguradoras.