De primeira presidente a condenação por corrupção: A saga de Park Geun Hye
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Filha primogênita do ditador militar Park Chung Hee, Park Geun Hye cresceu sob os holofotes da Casa Azul. Conhecida popularmente como “princesa”, a sul-coreana tornou-se a primeira mulher a presidir o país.
No entanto, em 2017, o triunfo da governante veio abaixo, após um escândalo de corrupção vir à tona. Tal fato escandalizou o país, levando ao impeachment da política.
Morte dos pais
Nascida no dia 2 de fevereiro de 1952, na Coreia do Sul, ela cresceu sob os holofotes de um complexo presidencial, chamado de Casa Azul. Seu pai era o ditador militar Park Chung Hee. Ele foi responsável pelo rápido desenvolvimento econômico do país entre 1961 e 1979.
Segundo o jornal The Straits Times, a vida da jovem mudou por completo, após o assassinato de seus pais. Sua mãe, Yuk Young Soo, foi brutalmente assassinada por um homem que, possivelmente, teria recebido ordens para executar o crime.
Na época, a sul-coreana estudava na França, mas retornou para seu país de origem para assumir o lugar de sua mãe como primeira-dama. Todavia, em 1979, voltou a passar pela dor do luto, quando seu pai foi assassinado pelo próprio chefe de segurança.
Nos anos seguintes, Park decidiu viver longe dos holofotes. Por outro lado, passou a dedicar-se à carreira política, motivo que a levou a ser amplamente repercutida em 1998, após se tornar legisladora.
A primeira presidente mulher da Coréia do Sul
Conforme o jornal The Straits Times, logo ela se tornou uma estrela política no país, isso porque, grupos conservadores a comparavam aos seus falecidos pais. Park, por sua vez, utilizou a trágica morte dos progenitores como discurso político.
Pouco tempo depois ficou conhecida como "a rainha das eleições", pois constantemente reforçava sua devoção ao povo e à República da Coreia.
Em 2012, ela tornou-se a primeira presidente mulher do país, sendo eleita com um número expressivo de votos. A governante assumiu o poder em 25 de fevereiro de 2013 até 10 de março de 2017.
O escândalo de corrupção
Em 2017, o governo de Park Geun Hye desmoronou, após vir à tona os escândalos de corrupção. A governante foi acusada de receber milhões de dólares de empresas sul-coreanas em troca de favores políticos.
Na época, a ex-presidente chegou a fazer declarações dizendo estar arrependida. No entanto, isso não foi o suficiente. Diversos aliados políticos e apoiadores de seu governo se voltaram contra ela e declararam apoio ao impeachment.
Segundo a Agência Brasil, em 2018, a Justiça a condenou a 30 anos de prisão. Contudo, em janeiro deste ano, a pena foi reduzida para 20 anos. Curiosamente, assim como Park, outros quatro ex-presidentes do país ainda vivos, já foram condenados por algum crime no passado.