Home
Estilo de Vida
A cannabis medicinal e o manejo de doenças neurodegenerativas
Estilo de Vida

A cannabis medicinal e o manejo de doenças neurodegenerativas

publisherLogo
33giga
20/06/2024 18h05
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
https://timnews.com.br/system/images/photos/16268253/original/open-uri20240624-56-s8ivwx?1719234194
©DepositPhotos
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE

Doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e esclerose múltipla, representam desafios para a medicina moderna. Com a progressão dessas condições, os pacientes enfrentam uma série de sintomas debilitantes que afetam sua qualidade de vida e autonomia. Nesse contexto, a cannabis medicinal se apresenta como uma possível aliada, oferecendo alternativas para o manejo dos sintomas e melhoria do bem-estar.

Para entender melhor o potencial da cannabis medicinal nesse cenário, Maria Klien, psicóloga, especialista e empresária no campo da cannabis medicinal, com formação em terapia assistida, apresenta alguns aspectos para este tipo de tratamento.

“A cannabis medicinal pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Observamos uma redução significativa nos sintomas de dor, ansiedade e insônia, permitindo que os pacientes retomem atividades do dia a dia e tenham uma perspectiva mais positiva. E quanto mais precoce for o diagnóstico, maior será o impacto da planta nos sintomas”, analisa.

Um dos principais benefícios da cannabis medicinal no contexto das doenças neurodegenerativas é o seu potencial analgésico. A dor crônica é um sintoma comum nessas condições, e os canabinoides presentes na planta podem interagir com o sistema endocanabinoide do corpo, que desempenha um papel importante na regulação da dor.

“Muitos pacientes relatam uma redução significativa na dor após iniciarem o tratamento com cannabis medicinal”, comenta a especialista. “Isso permite que eles se movimentem com mais facilidade, realizem atividades diárias e, consequentemente, tenham uma melhor qualidade de vida”, completa.

Além da dor, a cannabis medicinal também pode ajudar a controlar outros sintomas comuns em doenças neurodegenerativas, como espasticidade muscular, tremores e distúrbios do sono. A espasticidade muscular, caracterizada por rigidez e espasmos musculares, é frequentemente observada em condições como esclerose múltipla. Os canabinoides podem ajudar a relaxar os músculos, melhorando a mobilidade e o conforto do paciente.

Maria também destaca o potencial da cannabis medicinal no manejo da ansiedade e depressão – sintomas frequentes em pacientes com doenças neurodegenerativas. Os canabinoides podem interagir com o sistema límbico, responsável pelas emoções, ajudando a regular o humor e reduzir os níveis de ansiedade.

“A ansiedade e a depressão podem ter um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes com doenças neurodegenerativas. A cannabis medicinal pode ser uma alternativa eficaz aos medicamentos tradicionais, com menos efeitos colaterais e uma abordagem mais sinérgica ao comportamento do corpo humano”, observa a profissional.

É importante ressaltar, ainda, que a cannabis medicinal contém a propriedade neuroprotetora, que protege os neurônios. Os canabinoides têm também a função de neurogênese, que significa criar novas células nervosas, e potencial sinaptogênico, que são novas sinapses.

Apesar dos resultados promissores, Maria ressalta a importância da individualização do tratamento. “Cada paciente é único, e o tratamento com cannabis medicinal deve ser adaptado às suas necessidades específicas. É fundamental buscar orientação médica especializada para determinar a melhor forma de utilizar a cannabis e garantir a segurança e eficácia do tratamento”, alerta.

A especialista enfatiza que a ciência é empírica e as pesquisas evoluem o conhecimento. “Ainda há muito o que aprender sobre o potencial terapêutico da cannabis. No entanto, as evidências atuais são promissoras e sugerem que a cannabis medicinal pode desempenhar um papel importante no manejo dessas condições, oferecendo aos pacientes uma nova esperança para uma vida melhor”, conclui Maria.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
icon_WhatsApp
icon_Twitter
icon_facebook
icon_email
PUBLICIDADE
Confira também