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Apologia ao crime em músicas: vereadora Amanda Vettorazzo propõe proibir e é ameaçada
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Apologia ao crime em músicas: vereadora Amanda Vettorazzo propõe proibir e é ameaçada

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Anamaria
27/01/2025 20h30
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Na última semana, a vereadora paulistana Amanda Vettorazzo, do União Brasil, apresentou um projeto de lei que vem gerando polêmica na Câmara Municipal de São Paulo. A proposta busca proibir a prefeitura de contratar artistas que promovam música com apologia ao crime ou exaltem o uso de drogas.

Amanda, que também coordena o Movimento Brasil Livre (MBL), declarou que o principal alvo da proposta é o rapper Oruam, um dos nomes mais populares do trap nacional. Em suas redes sociais, ela afirmou: “No que depender de mim, artistas como o Oruam não farão shows com dinheiro público na cidade de São Paulo, como aconteceu na Virada Cultural.”

Quem é o rapper Oruam?

Oruam, que carrega uma forte conexão com o crime em sua trajetória familiar, não deixou o projeto passar despercebido. Filho de Marcinho VP, traficante condenado a mais de 50 anos de prisão, e sobrinho de Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, o cantor de 23 anos é conhecido por letras que exaltam o crime e a vida na periferia do Rio de Janeiro.

Entre suas músicas, versos como “Eu sigo a risca do meu pai” trazem à tona uma realidade que mistura o universo ficcional do trap com experiências pessoais. Não é de se surpreender que o gênero, que mistura ostentação e elementos polêmicos, tenha conquistado muitos fãs, mas também gerado debates sobre seus impactos sociais.

Ameaças à vereadora Amanda Vettorazzo

Depois de anunciar o projeto, Amanda recebeu respostas imediatas de Oruam, que usou as redes sociais para criticar a vereadora. Em uma das falas, ele chegou a dizer: “É só tu não falar o meu nome, senão tu vai conhecer o capeta.” Além disso, o cantor incentivou seus seguidores, a chamada “Tropa do 22”, a enviar mensagens para Amanda, o que resultou em ameaças e ofensas.

A vereadora relatou o caso à Polícia Civil e, apesar das dificuldades, afirmou ter recebido apoio de vereadores de outros municípios. “Diversos colegas manifestaram interesse em protocolar projetos semelhantes, mostrando que essa ideia tem respaldo em outras regiões do Brasil”, publicou Amanda nas redes sociais.

A presença de artistas que exaltam o crime, como Oruam, na Virada Cultural de São Paulo não é novidade. Em 2024, nomes como WIU, Teto e Matuê também foram contratados pela prefeitura para participar do evento, que custou quase R$ 60 milhões.

Entre as músicas mais controversas, destacam-se versos que desrespeitam a polícia e exaltam a produção de drogas. Teto, por exemplo, inclui gestos que simulam disparos de arma de fogo em seus clipes. Outro exemplo é o rapper Matuê, conhecido por fazer menções constantes à maconha em suas canções. Essas contratações levantam uma questão importante: até que ponto a liberdade artística pode coexistir com o financiamento público?

A proposta de Amanda Vettorazzo reacende discussões sobre ética, cultura e políticas públicas. Enquanto alguns questionam o impacto social de letras que promovem apologia ao crime, outros defendem o espaço artístico sem restrições.

Leia a matéria original aqui.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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