Conheça a história da Estátua da Justiça, alvo de atentado no STF
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Anamaria
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Com mais de 3 metros de altura e esculpida em um único bloco de granito, a Estátua da Justiça é uma das atrações mais visitadas na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no Distrito Federal. No entanto, o monumento A Justiça se tornou um alvo em meio à turbulência política. Em 8 de janeiro do ano passado, ela sofreu vandalismo durante a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF) por grupos extremistas que protestavam contra a democracia. Mais recentemente, na noite da última quarta-feira (13) um novo episódio de violência aconteceu: o chaveiro Francisco Wanderley Luiz atacou o local com bombas caseiras, resultando em sua própria morte logo após o ato.
A história da Estátua da Justiça e seu simbolismo
Desde 1961, a Estátua da Justiça ocupa seu lugar em frente ao prédio do STF, projetada pelo artista plástico mineiro Alfredo Ceschiatti (1918–1989). Conhecido por sua parceria com o renomado arquiteto Oscar Niemeyer, Ceschiatti criou obras espalhadas por cidades como Brasília, São Paulo e Minas Gerais. Sua primeira colaboração com Niemeyer foi o baixo-relevo da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em 1944, marcando o início de uma carreira destacada na escultura moderna brasileira.
Inspirado por mestres do concretismo como Max Bill e por escultores vanguardistas como Henri Laurens e Aristide Maillol, Ceschiatti imprimiu em sua obra um traço rústico e cheio de simbolismo. Suas esculturas frequentemente retratam figuras femininas, e a Estátua da Justiça não foge à regra, evocando elementos da mitologia greco-romana.
A estátua remete às deusas da Justiça: Têmis, da mitologia grega, e Iustitia, da mitologia romana. Têmis é geralmente retratada de pé, com uma balança e uma espada, enquanto Iustitia é apresentada com os olhos vendados para simbolizar a imparcialidade. A versão de Ceschiatti, porém, traz a Estátua da Justiça sentada, de olhos cobertos e com a espada descansando sobre o colo, indicando uma postura serena, que muitos interpretam como um reflexo de um país que vivia um momento de estabilidade na época de sua criação. Para outros, a posição é vista como um retrato da lentidão da Justiça brasileira.
Resistência diante de atos de violência
Mesmo diante de eventos como o atentado no STF e o vandalismo do 8 de janeiro, a Estátua da Justiça permanece como um símbolo de resiliência. Os ataques refletem as tensões políticas e sociais que o Brasil enfrenta, mas a obra de Ceschiatti segue firme, testemunhando as mudanças e desafios de um país que ainda busca equilíbrio e justiça.
A escultura é mais do que um marco turístico; é uma representação do próprio conceito de Justiça, ora vista como cansada e lenta, ora como imperturbável em sua missão. Em tempos conturbados, a Estátua da Justiça se torna um lembrete da importância da imparcialidade e da força da lei, mesmo quando o prédio do Supremo e a democracia enfrentam desafios inesperados.
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