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Arqueólogos descobrem restos de estátua ptolomaica em Alexandria
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Arqueólogos descobrem restos de estátua ptolomaica em Alexandria

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Aventuras Na História
21/01/2025 17h30
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©Ministério do Turismo de Antiguidades do Egito
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Uma missão arqueológica francesa, liderada pelo Dr. Joachim Le Bomin, da Universidade de Lyon e do Instituto Francês de Arqueologia Oriental (IFAO), no Cairo, fez uma descoberta fascinante no antigo sítio de Taposiris Magna, localizado a 45 km a oeste de Alexandria, no Egito.

Os arqueólogos desenterraram uma cabeça de mármore datada da era ptolomaica (305–30 a.C.), encontrada entre os restos de uma estrutura medieval do século VII d.C.

A cabeça de mármore, medindo 38 centímetros de altura, é um exemplar notável do período helenístico tardio. Representa um homem idoso com rugas profundas e uma expressão severa, possivelmente refletindo sinais de enfermidade.

A precisão artística da escultura sugere a alta habilidade de seu criador e indica que a figura retratada ocupava uma posição significativa na sociedade, embora não fosse um rei. Especialistas acreditam que ele tenha sido uma figura pública de grande destaque.

Reistro do local onde a cabeça foi encontrada - Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

O Dr. Mohamed Ismail Khaled, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, destacou a monumentalidade da peça em depoimento à Archaeology News, sugerindo que ela fazia parte de uma estátua maior, possivelmente situada em um edifício público ou de importância política.

Mohamed Abdel-Badie, chefe do Setor de Antiguidades Egípcias, enfatizou a relevância da descoberta para a compreensão do papel da cidade de Taposiris Magna durante o reinado de Ptolomeu IV (221–204 a.C.), período em que o local prosperou como um centro cultural e político.

Incertezas

Um mistério envolve o fato de a cabeça de mármore ter sido encontrada em uma casa medieval, construída cerca de 700 anos após sua criação. O Dr. Le Bomin afirmou ao portal que investigações continuam para identificar a figura retratada e entender como a peça foi realocada ao longo dos séculos.

Fundada por Ptolomeu II Filadelfo entre 280 e 270 a.C., Taposiris Magna, cujo nome significa "Casa de Osíris" em egípcio antigo, foi um importante centro religioso e cultural. O local é conhecido por estruturas históricas, como o Templo de Osíris, o Farol de Abusir — semelhante ao Farol de Alexandria — e uma vasta necrópole com tumbas ptolomaicas e romanas.

Mapa do assentamento de Taposiris Magna - Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Desde 1998, a IFAO realiza escavações extensivas no sítio, revelando um espaço de banhos termais bem preservado, um porto ao sul e mercados bizantinos próximos ao Lago Mariout.

Em 2024, os arqueólogos também encontraram uma cabeça de estátua que possivelmente representa Cleópatra VII, além de catacumbas e ruínas de um templo grego do século IV a.C.

A cabeça de mármore agora está sendo submetida a processos de conservação e restauração e será incorporada a futuras exposições que celebram a rica herança arqueológica do Egito. A descoberta contribui para ampliar o entendimento sobre Taposiris Magna, local historicamente associado a figuras como Cleópatra VII e Marco Antônio.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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