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Aumento de bactérias resistentes a medicamentos é registrado na Ucrânia
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Aumento de bactérias resistentes a medicamentos é registrado na Ucrânia

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Aventuras Na História
22/01/2025 10h32
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Médicos que tratavam das infecções do soldado Oleksander Bezverkhny, de 27 anos, descobriram que elas eram resistentes aos antibióticos comumente utilizados. De acordo com a emissora inglesa BBC, Bezverkhny apresentava um grave ferimento abdominal, estilhaços haviam rasgado suas nádegas, e ambas as pernas foram amputadas.

A resistência antimicrobiana (RAM), que ocorre quando bactérias evoluem para resistir a medicamentos, é um problema global. Em 2021, cerca de 1,4 milhão de pessoas morreram devido a infecções causadas por RAM. Embora a Ucrânia não seja o único país a enfrentar esse desafio, a guerra intensificou a disseminação de patógenos multirresistentes no território.

De acordo com o portal de notícias O Globo, hospitais que tratam ferimentos de guerra registraram um aumento significativo nos casos de RAM. No Hospital Feofaniya, em Kiev, mais de 80% dos pacientes internados têm infecções causadas por micróbios resistentes a antibióticos, conforme relatou o Dr. Andriy Strokan, médico-chefe adjunto. Essas infecções geralmente se originam em instalações médicas, onde, apesar dos esforços para seguir protocolos rigorosos de higiene, a superlotação torna difícil controlar sua disseminação.

Saúde precária

O Dr. Volodymyr Dubyna, chefe da UTI do Hospital Mechnikov, explicou que a capacidade de sua unidade foi ampliada de 16 para 50 leitos desde o início da invasão russa. Contudo, o número de profissionais de saúde diminuiu, pois muitos fugiram ou se juntaram ao exército. Segundo o Dr. Strokan, a sobrecarga de trabalho impede que as equipes realizem medidas essenciais, como a higienização frequente das mãos, exacerbando a propagação das bactérias resistentes.

A guerra também expõe os pacientes a um maior número de cepas infecciosas. Soldados frequentemente passam por várias instalações médicas antes de chegar a um hospital principal, como aconteceu com Bezverkhny, que foi transferido por três locais diferentes antes de chegar a Kiev. Essa movimentação, inevitável em tempos de conflito, favorece a disseminação de cepas resistentes.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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