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Cenário nacional e outros nomes para o cargo máximo: A Proclamação da República em 5 curiosidades
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Cenário nacional e outros nomes para o cargo máximo: A Proclamação da República em 5 curiosidades

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Aventuras Na História
15/11/2022 14h00
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©Domínio público / Benedito Calixto
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A Proclamação da República é tida como um dos episódios mais controversos da história brasileira ainda nos dias de hoje, muito em razão da soma de fatores polêmicos que envolveram esse tão marcante ocorrido.

Assim, para sanar algumas dúvidas, o site Aventuras na História separou cinco questões sobre o tema e suas respectivas explicações.

1. A chegada da República

Um grupo minoritário, composto por membros da elite, retirou a família imperial do trono e instaurou uma nova forma de governo. Entre esses membros estavam militares, advogados e cafeicultores.

Porém, a maior parte da população não estava totalmente por dentro da caótica situação, desconhecendo o significado daquilo que presenciavam.

Pedro II e sua esposa Teresa Cristina em pintura / Crédito: Domínio público / François-René Moreaux 

A famosa frase do jornalista Aristides Lobo, publicada no Diário Popular naquele 15 de Novembro representa bem o que ocorreu na época: "O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada".


2. A tomada do poder

Um dos principais fatores que levaram à decadência do Império foi certamente a Guerra do Paraguai, que se deu entre os anos de 1864 e 1870.

Apesar de o Brasil ter se saído vitorioso junto a seus aliados, o prestígio adquirido pelas Forças Armadas ao final do conflito resultou na queda da popularidade da Coroa. 

O que aconteceu foi que os militares passaram a exigir maior reconhecimento de D. Pedro II.

Outro fator foi o surgimento de uma nova uma elite urbana, formada por empresários e profissionais liberais, os quais não ocupavam cargos importantes e desejavam certa representação política.

Além disso, observou-se no período o fortalecimento do movimento positivista, que não enxergava na monarquia um propósito racional.

Marechal Deodoro da Fonseca / Crédito: Domínio público / Fundação Biblioteca Nacional

Tudo isso, somado à insatisfação dos poderosos com a abolição da escravatura, levou ao enfraquecimento da monarquia.


3. Em 15 de novembro de 1889... 

O golpe deveria ocorrer no dia 20 daquele mês, contudo, acabou ganhando vida antes. 

Isso porque um boato espalhado pelas ruas do Rio de Janeiro, então capital do Império, no dia 14, trazia uma informação preocupante. Naquela quinta-feira, surgiu a falsa narrativa de que Deodoroda Fonseca havia sido preso.

Inconformados com o episódio, os republicanos não poderiam mais esperar. Assim, o marechal liderou uma revolta nos quarteis do Campo de Santana, de modo que as tropas invadiram o Ministério da Guerra e derrubaram o gabinete do visconde de Ouro Preto. No fim, políticos monarquistas foram presos e a família imperial foi obrigada a deixar o Brasil.


4. Líder repúblicano

Pode parecer estranho, mas até poucos meses antes da Proclamação, Deodoro da Fonseca era declaradamente monarquista. Isso só mudou no segundo semestre de 1889. Experiente, ele era o mais cotado para representar a classe militar.

Floriano Peixoto em pintura de autor desconhecido / Crédito: Domínio público / Governo do Brasil

Uma possibilidade era confiar a chefia ao também militar Floriano Peixoto, todavia, ele fora tido como “radical” demais.

Outro nome também foi Benjamin Constant, indivíduo voltado à intelectualidade e talvez menos apto a insurreições.


5. O governo de Deodoro 

É notório que seu governo promoveu avanços, porém os benefícios foram poucos comparados aos fatores prejudiciais. O principal de tudo era que Deodoro não se comportava como o líder de um movimento republicano, mas sim como um monarquista.

Ele não era capaz de realizar negociações partidárias, nem mesmo de agir de maneira racional e aberta frente às críticas da imprensa.

O militar se mostrou, portanto, uma figura extremamente autoritária, especialmente ao final do ano de 1891, quando declarou estado de sítio e promoveu um novo golpe logo em seguida.

Assim, diante da possibilidade de se estabelecer uma Guerra Civil, em razão da reação de lideranças regionais e setores do Exército ligados ao vice, Floriano Peixoto, Deodoro optou por renunciar no dia 23 de novembro daquele mesmo ano.


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