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Príncipe Andrew pediu apoio de suposto espião para levantar bilhões para sua empresa
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Príncipe Andrew pediu apoio de suposto espião para levantar bilhões para sua empresa

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Aventuras Na História
03/02/2025 13h10
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©Getty Images
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Documentos revelaram que o Príncipe Andrew procurou assessoria secreta de altos funcionários do Partido Comunista Chinês enquanto tentava arrecadar £2,5 bilhões (cerca de R$ 18 bilhões) para sua empresa.

O duque tinha a intenção de "aproveitar o papel da família real" para financiar sua iniciativa Pitch@Palace voltada para empreendedores na China, conforme reportado pelo jornal The Times.

A situação se agrava com a remoção de Yang Tengbo, um confidente próximo de Andrew, do Reino Unido por motivos de segurança nacional, após alegações de que ele seria um espião chinês.

Os documentos

Entre os documentos encontrados no celular de Yang, havia uma lista de tópicos para uma ligação planejada entre ele e o duque. Segundo o The Times, o embaixador da China em Londres, Zheng Zeguang, considerava Andrew um "canal de comunicação valioso".

Outros documentos recuperados indicavam que Andrew buscava conselhos de Jiang Jianguo, ministro do Escritório de Informação do Conselho de Estado da China, em 2019. Alistair Michie, secretário-geral do British East Asia Council, comunicou ao ministro que o duque desejava organizar uma conferência para líderes mundiais na China.

Sei que Sua Alteza Real o Duque de York valorizará suas opiniões pessoais. Isso, por sua vez, ajudará a formular seus planos e a alcançar um consenso", escreveu Michie.

O Pitch@Palace é uma rede de mentoria semelhante ao programa Dragons' Den, criada por Andrew com o objetivo de conectar startups, muitas vezes do setor tecnológico, a potenciais investidores.

A versão chinesa do fundo pretendia estabelecer um "triângulo dourado de amizade entre o Duque de York, nações do Oriente Médio e a China", sob a supervisão de Yang.

Segundo um dos documentos, "a fundação contará com as tradicionais relações amistosas da família real britânica com certos países para fomentar amizades e confiança mútua entre estas partes e parceiros chineses."

Adicionalmente, foi destacado que "a família real, estando acima da política partidária e não sendo afetada por ciclos eleitorais, pode buscar visões a longo prazo e exercer influência estável e duradoura."

Yang, 50 anos, foi encontrado com cartas endereçadas ao Departamento de Trabalho da Frente Unida de Pequim — uma entidade obscura do Partido Comunista Chinês responsável por ganhar influência sobre oficiais estrangeiros — após ser detido em 2021.

Ele teria utilizado suas conexões proeminentes para garantir convites ao Palácio de Buckingham e outras residências reais, além de novos relatos que sugerem que também se encontrou com dois ex-primeiros-ministros.

O Sunday Times informou que ele se reuniu com David Cameron em uma recepção na Downing Street e com Theresa May em um evento formal nos últimos 15 anos em seu escritório em Londres.

Em resposta às alegações contra ele, Yang afirmou não ter "feito nada errado ou ilegal" e que a "ampla descrição sobre mim como um 'espião' é completamente falsa".

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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