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Vândalos invadem caverna e destroem desenhos aborígenes de 30 mil anos
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Vândalos invadem caverna e destroem desenhos aborígenes de 30 mil anos

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Aventuras Na História
22/12/2022 17h00
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https://timnews.com.br/system/images/photos/15349013/original/open-uri20221222-17-1akc1y0?1671728847
©Reprodução/Video
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Na Austrália, vândalos invadiram a caverna Koonalda, ao sul do país, e riscaram as paredes do local, que abriga desenhos de mais de 30.000 anos. As artes, esculpidas no calcário, possuem um significado especial para o povo aborígene Mirning

Embora a caverna esteja listada como Patrimônio Nacional desde 2014, anciões de Mirning já haviam contactado o governo australiano no início do ano para avisar sobre a segurança precária da caverna, aponta a BBC. 

Não olhe agora, mas esta é uma caverna da morte”, dizia a mensagem feita pelos vândalos. 

Segundo representantes do grupo aborígene, a arte não poderá ser recuperada ou reparada. "É um abuso para o nosso país e é um abuso para a nossa história", afirmou o ancião tio Bunna Lawrie. "O que se foi, se foi, e nunca vamos recuperá-lo."

A frase deixada pelos vândalos/ Crédito: Mirning cultural group

Ao The Guardian, a arqueóloga Keryn Walsh deu mais explicações sobre o fato, apontando que devido à superfície “muito macia” da caverna, a recuperação das artes é impossível. "Os vândalos causaram muitos danos. A arte não pode ser recuperada". 

“Não é possível remover os riscos sem destruir a arte por baixo”, acrescentou. "É uma perda enorme e é trágico tê-la desfigurado a este ponto."

“Constante desrespeito”

Por conta do episódio, relatou a People, uma investigação foi iniciada. O procurador-geral da Austrália do Sul e ministro dos Assuntos Aborígenes, Kyam Maher, considerou o vandalismo no local como "chocante”.

Essas cavernas são algumas das primeiras evidências da ocupação aborígine daquela parte do país”, apontou. 

Bunna Lawrie salientou que a destruição da arte é mais um exemplo do “constante desrespeito” que o povo Mirning sofre ao longo dos anos. Por fim, a BBC relatou que a pessoa que vandalizou o local, caso seja identificada, poderá ter que pagar uma multa de 6.700 dólares (mais de R$34 mil) e enfrentar uma pena de até seis meses de prisão.

Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião do TIM NEWS, da TIM ou de suas afiliadas.
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