Aumento de mortes cometidas por Policiais Militares em São Paulo preocupa autoridades
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As mortes cometidas por policiais militares no estado de São Paulo aumentaram 46% até 17 de novembro deste ano, comparado ao ano anterior, segundo dados do Ministério Público. De janeiro a 17 de novembro, foram registradas 673 mortes por intervenção policial, sendo 577 delas em serviço e 96 de folga. Esses números alarmantes têm levantado preocupações entre as autoridades.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo afirmou que todos os casos de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigados pelas forças de segurança, com acompanhamento das respectivas Corregedorias, Ministério Público e Poder Judiciário. A tendência de aumento nessas ocorrências preocupa, já que este é o segundo ano consecutivo de crescimento no número de mortes cometidas por policiais militares. Tanto neste ano quanto no ano passado, a Polícia Militar realizou operações consideradas as mais letais na Baixada Santista desde o massacre do Carandiru em 2024, onde houve 56 vítimas, e em 2023, com 28 mortos. Em contrapartida, em 2022, devido à implementação do programa Olho Vivo, houve o menor número de mortes por intervenção policial na história do estado.
Com a mudança na gestão do governo estadual, o programa das câmeras corporais enfrentou uma paralisação, o que levou o atual governo a lançar um edital para a aquisição de 12 mil novas câmeras para a Polícia Militar. No entanto, especialistas apontam que a decisão de permitir que os policiais escolham quando ligar ou não o equipamento pode dificultar as investigações de atos de violência policial.
Recentemente, um estudante de medicina foi morto por policiais militares na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, gerando revolta e questionamentos sobre o uso da força pelas autoridades. O caso evidenciou a importância de um monitoramento efetivo e transparente das ações policiais para garantir a segurança e proteção da população.