Unidades de conservação ambiental de São Paulo combatem superpopulação de javalis
ICARO Media Group TITAN
As unidades de conservação ambiental de São Paulo estão enfrentando um desafio com a superpopulação de javalis e javaporcos, frutos do cruzamento entre javalis e porcos. Essa espécie invasora e exótica tem causado prejuízos à biodiversidade nas áreas protegidas. Estima-se que existam pelo menos 380 desses animais distribuídos em cinco unidades de conservação do estado, de acordo com a Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil).
Para lidar com o problema, o governo abriu um edital no valor de R$ 1,11 milhão para contratar serviços de monitoramento e controle da população de javalis e javaporcos. Pela primeira vez, um modelo de captura e abate será adotado, visando proteger tanto a fauna quanto os visitantes das unidades de conservação. A captura dos animais será feita por meio de armadilhas com redes ou cercados, utilizando ceva de milho como atrativo.
Estima-se que cerca de 50 animais devem ser abatidos em cada uma das Estações Ecológicas de Barreiro Rico, Angatuba e Santa Bárbara; 30 na Estação Ecológica de Itirapina; e 200 no Parque Estadual de Ilhabela. Esses javalis e javaporcos representam uma ameaça à biodiversidade local, competindo por recursos e consumindo uma variedade de espécies vegetais, além de predarem animais invertebrados e vertebrados.
A superpopulação desses animais invasores tem causado danos significativos às áreas protegidas, alterando ecossistemas e interferindo em processos ecológicos. Além do impacto ambiental, os animais também representam risco para os visitantes das unidades de conservação. Dessa forma, a ação de monitoramento e controle se torna essencial para garantir a preservação da fauna e flora nativas.
O plano de ação para combater a superpopulação de javalis e javaporcos inclui a captura e o abate dos animais, com a destinação adequada das carcaças. O vencedor da concorrência deverá possuir autorização de manejo de javalis do Ibama e apresentar um plano validado pela Fundação Florestal, que inclui o levantamento da presença desses animais nas unidades de conservação e os métodos a serem utilizados nas ações de controle.
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